Lembra-te do dia de sábado para o santificar - Êxodo 20:8

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

HISTÓRIA DA IGREJA DE DEUS - I

A IGREJA
A HISTÓRIA da fé cristã, do tempo de Cristo até o presente, é a mais inspiradora ao saber quão eterna e inquebrantável realmente é.
Quando sabemos que a verdade sempre se levanta triunfalmente sobre seus inimigos no povo, antes que fique esmagada ou seja perdida; a esperança dos cristãos se faz mais forte e mais brilhante ao passar dos anos. A verdade triunfa sobre o erro; o bem, sobre o mal; a vida, sobre a morte; e ao final de nossa peregrinação—UM LAR “no fim de nosso caminho”.
Jesus profetizou que Sua Igreja, a qual comporiam os crentes da verdadeira fé, nunca seria extinta. Ao percorrer as cortinas da história neste estudo iremos descobrindo a existência contínua da verdadeira fé cristã, e possivelmente nos pareça mais surpreendente até a maneira de como veio registrando-se essa história e como se preservou.
“Os sábios e heróis da história nos procederam o bastante, e a história abrevia o registro de seus feitos na estreiteza de suas páginas. Mas o tempo transcorrido não tem poder no nome, feitos e palavras de Jesus Cristo...”Channing”.

A IGREJA NÃO PODE MORRER
“Sobre esta rocha edificarei minha igreja; e as portas do inferno*, não prevalecerão contra ela”. (Mateus 16:18) (*Inferno, traduzido do Grego “Hades” significa “tumba” ou “morte”)
“As portas da morte” não prevalecerão contra a igreja! Esta é uma passagem mais que inspiradora e profética, o qual sustenta ou joga por terra a veracidade de Jesus Cristo. Contém o ingrediente que impede o desespero, proporciona o valor com o qual os cristãos se levantam para empreender grandes empresas, cria os mártires, aqueles que gostosamente se expõem, sabendo embora lentamente que sobre seu sangue e moribundos corpos, a Igreja prosseguirá, e que não morrem em vão. Que desde cada rincão da terra aonde têm caído suas lágrimas e seus corpos se converteram em pó, ali se levantam centenas e centenas que proclamam a Ele, - O Salvador do mundo!
Porque a Igreja está construída sobre um Cristo vivente e não pode morrer, “Eis aqui, que já estou com vós para sempre, até o fim do mundo”(Mateus 28:20) Jesus veio tirar o temor da morte, e nos assegura a vida mais à frente. Notemos quão meigamente O mesmo explica a morte, “Nosso amigo Lázaro dorme; mas eu vou despertá-lo do sono”. (João 11:11).
“meus amigos: não temam dos que matam o corpo, e depois não têm mais o que fazer”. (Lucas12:4). Cristo vive para o verdadeiro cristão, e a morte não é mais que uma sombra passageira, “num momento, num abrir de olho, na trombeta final ...seremos transformados...?Onde está, ó morte, seu aguilhão? Onde, ó sepulcro, sua vitória?..” (I Cor. 15: 52-55)
Com esta ardente esperança; desprezando o temor da morte, a Igreja vive! “ as portas do inferno e da morte, não podem prevalecer”. A Igreja um dia pode ser
ameaçada pelo poder do inimigo, mas não morre (Graças a Deus), outro dia pode ser difamada e ferida na Casa de meus amigos”, pelos mesmos deles, aqueles que lhe traíram, e não obstante, continuará sendo, poderá ser atacada algum tempo por aqueles que a debilitam e a fazem mundana, e entretanto, sobreviverá por muito tempo depois que os que quiseram manchá-la se tenham ido. Pois haverá quem a cuide e chorem “ Entre o Pórtico e Altar”, e haverá inclusive quem tomando seus estandartes continuem a marcha!
Jesus disse assim, e nós cremos: “Porque onde estão dois ou três congregados em meu nome, ali estarei em meio deles”. (Mateus 18:20) Em João 15 e 16, também revela que Cristo estará com seus seguidores até o fim do tempo.


AS CHAVES, AS MARCAS E A HISTÓRIA
Devemos saber por meio deste esboço a quem deu Jesus as chaves do Reino, e o que representam essas chaves. A fim de encontrar a Igreja, necessitamos conhecer as marcas verazes, e identificá-la nesta forma por meio da história.
As Chaves: Jesus disse: “E a ti darei as chaves do reino dos céus...” (Mateus 16:19). A Igreja Católica diz que o que Jesus quis dizer com isso foi: “E a ti (e a teus sucessores) darei as chaves”.
A Igreja Católica sabe perfeitamente que Jesus não disse “e a teus sucessores”. Eles dizem que isso foi o que Jesus quis significar. Por isso dizem que “Fora da igreja (a deles) não há salvação”. Se isto for assim teremos que dar por feito que ao dar Jesus seu poder e autoridade aos homens, Ele não tem nenhum poder para julgar. Se é a igreja quem pode abrir e fechar as portas do reino, Jesus está excluído de dita prerrogativa e é incapaz de abrir e fechar as portas.
Recordemos que a frase “a seus sucessores” jamais foi sorte pelo Jesus nem por seus apóstolos, nem sequer uma só vez se encontra na Bíblia. Esta forma de raciocinar dos dirigentes católicos é uma falsidade. Em Feitos capítulo 15 temos a própria impressão de Pedro do privilégio de possuir as chaves. Durante uma discussão e disputa no concílio eclesiástico de Jerusalém sobre um ponto doutrinal, Pedro testificou simplesmente que Deus o tinha escolhido para ser um porta-voz, por meio de quem os gentis ouviriam e acreditariam no Evangelho. Notemos que Pedro não disse que Deus o havia escolhido como cabeça infalível da Igreja! Nem tampouco ousou dar por terminada a discussão dizendo que o que ele havia dito seria a última palavra. Em outra parte das Escrituras lemos que quando Pedro havia caído em um erro doutrinal, Paulo lhe repreendia com dureza pessoalmente.
Atribuiríamos a Pedro um poder o qual ele mesmo soube que não tinha? Pedro teve uma honra exclusiva por ter sido ele o primeiro que fez uso das chaves para a salvação.
As únicas chaves do reino de Deus, são o Evangelho da verdade, por meio do qual alcançamos a salvação. No Evangelho encontramos o arrependimento, a conversão, o batismo, etc., como chaves do reino. Pedro foi eleito para abrir formalmente a gloriosa “Era do Evangelho” e da Igreja cristã, abrindo as portas do reino aos Judeus no dia do Pentecostes (Atos 2:38), e mais tarde também aos Gentios na casa de Cornélio, (Atos 10:44-48). Quando começa alguma coisa nova, ou quando se faz a dedicação de um novo edifício, geralmente há um só oficial encarregado daquele evento de inauguração. Assim o Evangelho foi iniciado e inaugurado formalmente, primeiro por Pedro, depois por todos os apóstolos e logo por todos os que cooperam nesta gloriosa obra por todo mundo. A porta para o reino de Deus está aberta agora, e todo aquele que ouve, que crê e obedece o Evangelho de verdade, pode entrar por meio do Espírito Santo. Em nenhuma parte da Bíblia diz que Pedro ou outros homens terrenos sejam juizes absolutos e donos do céu e da terra quanto à salvação do homem. Tampouco diz que todo aquele que Pedro exclua ficará fora. Em nenhuma forma podemos ter a impressão na Bíblia de que Jesus tenha legado todo o juízo aos homens.
As chaves do reino estão nas mãos de cada discípulo fiel que abre a Bíblia e ensina o caminho verdadeiro para a salvação, pelo qual todos os seres perdidos podem ser salvos. A gloriosa mensagem de salvação está sendo levada a todo mundo, abrindo as portas da verdade e desvanecendo as trevas. O Evangelho de Jesus Cristo será sempre “as chaves do Reino” para todos os que são chamados das trevas à luz admirável.
“É verdade que Cristo estará também conosco os que lhe buscamos, lhe amamos e cremos Nele e em seu Evangelho até o fim das dispensações.
É verdade que as portas do inferno não poderão destruir à Igreja. Enquanto haja homens haverá quem lhe ame (ao Senhor), quem guarde seus Mandamentos, e a Igreja então ficará constituída.
Tudo isto é verdade e muito confortante; mas isso não prova a infalibilidade a ninguém. O que Jesus realmente dizia é que nada prevalecerá contra a verdade, a qual seria preservada e continuada por aqueles que cressem e obedecessem a verdade de século em século. Para aqueles que amam a verdade, encontram-na exposta na Palavra de Deus. Os que a obedeçam viverão, os que a recusem não poderão obter vida eterna. Isso não significa infalibilidade, pois sempre haverá quem ame e protejam a verdade da Palavra de Deus. Com tanta certeza Jesus podia dizer, “As portas do inferno (a morte), não prevalecerão contra ela”. As portas da perseguição, da apostasia e do paganismo não poderão destruir à Igreja.

AS MARCAS DA IGREJA DE CRISTO
Nós podemos examinar e identificar “a cristandade apóstata” por meio de suas “marcas” de erro e doutrinas falsas, por meio da corrupção na Palavra de Deus, pela amalgamação do paganismo e a tradição com o “Cristianismo”. Assim também, para identificar a igreja pura, a Igreja de Deus, necessitamos identificá-la por suas marcas. A história revela sua existência por meio de suas marcas de identidade.
Quais são as marcas da verdade? “O dragão foi irado contra a mulher e foi fazer guerra contra os outros da semente dela, os quais guardam os mandamentos de Deus, e têm o testemunho de Jesus Cristo”. (Apocalipse 12:17; 14:12, e 22:14).
A Igreja que buscamos deve ter as “marcas” da pureza (testemunho do Jesus), e a comparamos com “A Igreja de Deus” original estabelecida por Cristo e seus Apóstolos, (Atos 20:28). Deve ser comparável em credo e doutrina com o testemunho de Jesus, tal como se revela na Bíblia, e será observadora dos “Mandamentos de Deus”.
Não seria lógico esperar que em onde quer que se levantam grupos, e que muitos deles se apegam estritamente à Bíblia, fossem mais parecidos que discordantes, especialmente na verdade essencial? por que não? Pois eles lêem o mesmo “livro santo”. Portanto, embora sua mensagem chegue ao coração, não é surpreendente ver pela história várias vezes assentados estes fatos de grupos antagônicos uns dos outros, até possuindo “as marcas da verdade” que lhes identifiquem como o verdadeiro povo de Deus. Tampouco estas experiências são coisas do passado, se não que também sucedem no tempo presente.
Os atos que aqui relataremos referentes a perene existência da verdade de Deus, baseiam-se em volumosos registros históricos e investigações conscienciosas. Mas naturalmente nós só poderemos expor alguns brilhos dentro da história atual. O espaço nos permite somente reproduzir breves rasgos das gemas da história. Mas até fazendo desse modo, podemos estar seguros do especial cuidado para não selecionar uma cena remota que convenha só a nosso ponto de vista. Tudo o que aqui citamos, cada fato que relatamos, foi corroborado não só por um historiador remoto, mas sim por muitos, alguns dos quais eram realmente fortes inimigos da verdade, e entretanto, confirmaram os fatos.
Não é só um assunto de achar simplesmente uma evidência. Nosso problema maior foi fazer uma seleção de volumes de registros históricos que fossem recomendáveis para este propósito, quer dizer, confirmar a existência dos verdadeiros cristãos, aqueles que abrigaram e amaram a verdade, aqueles que nunca formaram par dos apóstatas que corromperam a religião (ou cristianismo romanizado).

A IGREJA CRISTÃ ORIGINAL (Primeiro Século)
A Igreja original, os cristãos do Primeiro Século, guardavam todos os Mandamentos de Deus, incluindo o Sétimo Dia, o Sábado, como o Dia de adoração e repouso. Isto se confirma em muitas histórias antigas em relação a este ponto. Isto mesmo foi admitido por algumas escola religiosas tão Protestantes como Católicas. Sempre existiu um povo que acreditou nos Dez Mandamentos como o estandarte do Evangelho. Sempre, em cada Século houve cristãos que acreditaram, observado e adorado no Sétimo Dia, como o Sábado do Senhor; sempre houve santos que tem crido nos simples mas nítidos princípios do Evangelho. A veracidade destes fatos podem traçar-se na história, entre vários grupos, como veremos neste documentário.
Data a existência de todos os Protestantes desde o tempo da Reforma? Se não houve “Protesto” à apostasia romana antes desse tempo, então devemos confessar que “as Portas do inferno” sim prevaleceram contra “A Igreja de Deus”; que a pureza da doutrina se perdeu por muitos séculos, e que o verdadeiro cristianismo ficou extinto pela “Grande apostasia”.
Não obstante, conforme à história, a pureza da doutrina não morreu, nem o verdadeiro cristianismo sucumbiu, embora isto custou milhares de vítimas que foram jogadas as "famintas bestas” da perseguição. Este zelo candente pela verdade acendeu novo fogo em milhares de corações, de quem só se refugiava nas preciosas promessas das Sagradas Escrituras.
A Igreja (a verdade entre o verdadeiro povo de Deus) nunca foi derrotada! Esta jamais foi devorada nem pelo paganismo nem pela apostasia, que foi a Igreja Romana.
Do Calvário a grande Reforma, a história desembrulha a grande cena de valor, de ousadia e drama que tenha sido escrita. Se a história do Israel no deserto possui um drama, que drama histórico de miríades e miríades que voluntariamente morrerem como mártires por causa de sua fidelidade a Cristo?
Se a história do Moisés, advogando pela causa dos Hebreus ante Faraó, até nos chama a atenção, a muitos chama a atenção o triunfo do Lutero ao cravar sua 95 tese nas portas da capela Ducal do Whittenburg (Alemanha), em 31 de Outubro de 1517, desatando-se ali uma tempestade que por ninguém pôde ser detida. Isto trouxe para seu cúmulo o penetrante poder do Papado, e automaticamente abriu as portas à liberdade religiosa.
Mas até temos coisas maiores que dizer que aquelas do Martin Lutero. Um século antes de seu tempo viveu Juan Huss, e cinqüenta anos antes de Huss, (150 anos antes de Lutero) viveu WYCLIF; e dois séculos antes de Lutero viveu WALTER LOLLARD, e mais três séculos antes de Lutero viveu Pedro Walde e antes de Walde, existiu a chamada “heresia” (aqueles que rechaçaram a Roma), o que o mesmo Papa chamava “A mais antiga heresia no mundo”.
Se o papado Romano que pretendeu ser “A Igreja mais antiga”, admite que antes dessa Igreja Católica existiu um grupo de crentes que eles pontuaram como “hereges”.
Também se há propagado um rumor moderno, de que “os católicos deram a Bíblia ao mundo” (Publicidade respaldada principalmente pelos Cavaleiros do Colombo, a Sociedade de homens católicos).
A história, entretanto, revela que a Igreja Católica “fechou a Bíblia..” ao mundo durante sua poderosa Supremacia, e excomungava ao homem que abrisse a Bíblia ante o mundo. Isto não é uma falsa acusação, tampouco se deve considerar como um ataque para os católicos sinceros, a quem lhes contou que a Igreja Católica “impulsiona a seus membros a ler a Bíblia”. A qual, conforme se diz, são eles os únicos capazes de interpretá-la retamente.
Nota: Em cara muito residente, uma denominação Protestante destacada reportou uma terrível perseguição na América do Sul, aonde seus missionários tinham ido a “território católico”, distribuindo Bíblias e pregando ao povo. A Igreja Católica os seguiu passo a passo até entrar nas casas daqueles homem para arrebatar todas as Bíblias Protestantes e fez uma terrível “Queima de Bíblias”. (Ref. Christian Life Magazine, Chicato, I11).

AS SANTAS ESCRITURAS PRESERVADAS PELO POVO SANTO
A história claramente revela que as Escrituras foram preservadas em sua pureza pelo povo verdadeiro (a Igreja), um povo potente em seu credo, que o Papa viu necessário assinalá-los como “hereges”, e como “a mais antiga heresia no mundo”. Se mostrará isto em algumas entrevistas históricas pouco mais adiante.

A PERSEGUIÇÃO PAGÃ SEGUIDA PELA PERSEGUIÇÃO DA “IGREJA”
“E viu o dragão que ele tinha sido lançado à terra, perseguiu à mulher que tinha dado à luz a um filho varão. E foram dadas à mulher duas asas de águia, para que da presença da serpente voasse ao deserto, a seu lugar onde Es mantida por um tempo, e tempos, e a metade de um tempo. E a serpente lançou da sua boca água como um rio atrás da mulher, a fim de fazer que fosse arrebatada do rio. E a terra ajudou à mulher, e a terra abriu sua boca, e absorveu o rio que o dragão tinha arremessado de sua boca. Então o dragão foi irado contra a mulher; e foi fazer guerra contra os outros da semente dela, os quais guardam os mandamentos de Deus, e têm o testemunho do Jesus Cristo”. (Apocalipse 12:13-17).
A Bíblia usa símbolos ao falar de poderes terrestres, que predizem muitos eventos, com o fim de ajudar a ilustrar ditos acontecimentos e poderes, e proteger as Escrituras de ataques desnecessários. Se tem feito muitos esforços para destruir este Livro.
Muito maior tinha sido a perseguição para os que amaram as Escrituras, se estes poderes ímpios tivessem sido nomeados literalmente! Entretanto, as chaves de interpretação destes símbolos se acham na mesma Bíblia, para que aquele leitor devoto da Bíblia pudesse entender a Mensagem do Senhor.
Cremos que não só é adaptável, se não muito importante especificar aqui a interpretação cristã geralmente aceita dos símbolos mencionados no verso anterior, olhando que está em relação com o tema que temos sob consideração, e que nos ajudará a compreender melhor as coisas que aconteceram na Igreja Cristã através dos séculos.
O povo de Dois nunca foi tomado por surpresa. Nada lhe acontece ao povo de Deus mais que aquilo para o qual foi pré advertido de Deus.
Aqui estão então brevemente os símbolos de Apocalipse 12 e sua interpretação.
Dragão: (Verso 3, “dragão vermelho”) Roxo ou vermelho indica a crueldade e o sangrento. Cristo, El Salvador, Es considerado aqui como o “filho” que o dragão estava pronto para devorar. Herodes representa o Poder Romano que então governava ao mundo, o qual levou a cabo a crucificação. Roma era o único poder que podia simbolizar-se nestas profecias, por razão de que seu domínio nesse tempo era universal, e por vários séculos foi o poder supremo mundial, tempo em que o “cristianismo” foi perseguido em grande escala. A figura de um dragão vermelho foi um dos principais estandartes dos exércitos romanos. O “Dragão” desde tempos muito antigos se há usado para representar o “dragão do pecado”, (serpente, diabo, satanás), o “anticristo”, os poderes perseguidores e às vezes “governantes específicos”.
Mulher: É interpretada geralmente como “um emblema da Igreja de Deus sobre a terra, da qual provém o Messias, o Rei destinado para este mundo”. (Comentários de Irwin) (Miquéias 4:10; Gálatas 4:26; Efésios 5:22,23; 2ª Coríntios 11:2) Uma mulher depravada representa a apostasia e uma igreja corrupta, (Ezequiel 23:2-4; Apocalipse 17:3-6,15,16) (Igreja: “Israel de Deus” ou povo).

Deserto: Indica que a verdadeira igreja estaria escondida e sofrendo mas preservada por Deus.

Tempo e tempos: Tempo, tempos e a metade de um tempo” está considerado exatamente igual a “mil duzentos e sessenta dias”, do Daniel 7:25. Tempo, um ano; tempos, dois anos, meio tempo, seis meses. Estes três anos e meio cobrem um período de 1260 dias, que profeticamente são 1260 anos (Veja Ezequiel 4:6; Números 14:34). No terreno profético um dia se toma por um ano. A palavra hebréia dia é “yom”, e algumas vezes “Yamin”, que significam também dia e ano.
Inundar: “Rio” (ou “corrente”, Versão Revisão), Es o símbolo antigo de um exército invasor, (Isaías 8:7,8). Em Apocalipse 12:15 representa a perseguição contra a Igreja de tempo em tempo, mas libertada pela providência poderosa de Deus. A grande corrente de perseguição, durante a qual milhões de crentes fiéis foram destruídos, ou pôde extinguir por inteiro à Igreja. Esta “corrente de perseguição” foi arrojado pela religião apóstata e os poderes civis pagãos impulsionados pelo “dragão” ou “espírito de Satanás”.
A terra Ajudou à mulher: Indica as diversas maneiras pelas quais Deus “livrou à mulher e Igreja”, salvando-a da destruição durante sua experiência no deserto. “A terra abriu sua boca e tragou o rio” (V.R.), ou seja que a corrente de perseguição do poderio Papal foi desvanecido ao manifestar-se a Reforma; o terreno (e terra) Protestante ajudou. Ali foi a aurora da Liberdade religiosa, a qual jogou por terra a perseguição do poder papal.

A MAS ANTIGA FÉ E A REFORMA PROTESTANTE
Deve traçar-se uma linha de completa distinção entre a Reforma Protestante e os povos cristãos não conformados. Se disséssemos que não houve “protesto” a grande apostasia da Igreja Romana, e que não houve defesa para a verdadeira fé por vários séculos antes da Reforma, teríamos que admitir duas coisas: (1) Que a verdadeira Igreja de Deus ficou extinta durante muitos séculos, (2) e, por outro lado, sustentaríamos que a Igreja Católica foi a Igreja verdadeira durante o tempo antes da Reforma. Não podemos admitir estes dois conceitos, já que temos os registros da existência de quem resistiu a doutrina de Roma em cada século. A resistência deste “Povo santo” foi tão poderosa ao grau que o Poderio romano teve que manter uma “incessante” guerra de perseguição contra eles! A “Reforma Protestante representou um grupo e grupos salientes da Igreja Romana”. Representou uma “separação” de toda classe de gente do Catolicismo. Representou um “sismo” e divisão interior na Igreja Católica e a organização das igrejas reformadas que posteriormente se chamaram “Protestantes” e que tinham estado filiadas à igreja conhecida como A Igreja Católica Romana. Longe, muito longe completamente de todas estas atividades estava o grande corpo de fiéis cristãos, que até eram perseguidos, e que representavam “a mais antiga fé, pureza e doutrina cristã”, os quais nunca foram parte da Igreja Católica Romana. Estes sempre protestaram contra a Igreja Apóstata desde os primeiros séculos, até os dias primitivos. Estes eram “A Igreja do Deus vivente”.
Entretanto, os atribuíam vários nomes, incluindo o de “hereges”. Estes foram os que em cada século se mantiveram unicamente na PALAVRA DE DEUS, individualmente e por grupos.
A fortaleza de sua fé e sua resignada persistência se encontra confirmada na sem igual perseguição que continuou sem diminuir desde antes e depois de que a Reforma começou.
Seus mesmos perseguidores declararam que pela virtude e a verdade que os tais proclamavam, foram “os inimigos mais perigosos da Igreja Oficial do Estado”, As teorias do Purgatório, a Intercessão dos Santos, o uso das imagens nunca puderam prevalecer ante os ensinos bíblicos que aqueles cristãos praticavam. Opunham-se completamente às muitas perversões que a Igreja do Estado fez do Evangelho. Foram singelos em seu credo e puros em sua MANEIRA DE VIVER


HISTÓRIA DOS VERDADEIROS SEGUIDORES DE CRISTO
Reproduziremos aqui alguns fragmentos “seletos” da história para confirmar o que já foi dito, e revelando um testemunho adicional e informativo, sem perder de vista de que estes fragmentos são simplesmente uma fração informativa da história disponível; o que fica aqui reproduzido, entretanto, nos proporciona conclusões gerais de todo o testemunho.
Devemos agradecer aqui ao autor histórico A.H. Lewis (um observador do Sétimo dia), e sua “História de Na sábado e No domingo”, que consiste na compilação de um sem número de partes históricas de Bibliotecas de todo o mundo (Exemplo: América, Inglaterra, Europa, Egito, etc.), e por seus vinte anos de investigação e sua laboriosa tarefa que realizou dentro de sua obra. Seu livro se publicou no ano de 1886, e muitas porções históricas foram tiradas de edições originais, as que depois foram revisadas e sofreram sérias omissões. Assim então, o valor da obra do senhor Lewis é sobre estimado, por ter revelado feitos e evidências históricas que a muitos “historiadores modernos” tivesse gostado que tivessem sido destruídas.
Outra fonte de informação dos registros históricos proporcionados pela Igreja de Deus, do Sétimo Dia, de suas primeiras publicações e a compilação que tem feito dos acontecimentos históricos. Em adição a tudo isto, lançamos mão de várias Enciclopédias, histórias, dicionários e comentários, que por seu número é óbvio mencioná-los, e, que entretanto, se citarão à medida que vamos mencionando.


CARACTERÍSTICAS DO POVO SANTO QUE “GUARDA A FÉ”
Alguns dos grupos cristãos, hostilizados e perseguidos com o afã de lhes desvanecer durante “os séculos obscuros”, foram chamados por diferentes nomes freqüentemente por seus inimigos, tais como Vaudoistas* (Vaudois: Habitantes dos Vales), Catharitas, Nazarenos, Corintianos, Hypsistarios, Albigenses, Valdenses, Inzabbatistas, Sabatinos, Lolaristas, hereges, etc. Mas conforme ao testemunho deles, entretanto, estavam estritamente unidos a Bíblia e à fé da “Igreja do Deus vivente”, que uma vez foi dada aos Santos.
“Aqueles que visitaram seus pequenos recintos de reunião reportaram não ter encontrado imagens nem cerimônias romanas; e que eram estritos observadores do Sábado e instruíam a seus fiéis nos artigos da fé cristã e os Mandamentos de Deus; praticavam o batismo por imersão e celebravam anualmente a Ceia do Senhor, e outros muitos pontos fundamentais da Bíblia. Embora estes grupos viviam pulverizados pela perseguição, tinham, entretanto, uma coisa em comum: que estavam ligados em comum pela pureza e a simplicidade do Evangelho. A Bíblia era seu guia único, consideravam-na fundamental em toda matéria de doutrina.
Seu culto a maioria do tempo era em secreto; pois continuamente tinham que proteger-se escondendo-se nas covas e cavernas da terra. Sua história ficou escrita apesar de que foram perseguidos de Estado em Estado. Os rastros mais evidentes de sua existência são suas perseguições, pelas quais tiveram que emigrar a outros países – Alemanha, França, Inglaterra e outros lugares. Cada grupo ia fazendo aderentes por onde quer que iam. Eram conhecidos por diferentes nomes por razões naturais. Chamavam-lhes, por exemplo, Vaudois (Habitantes dos Vales) porque as circunstâncias lhes obrigavam a viver no isolamento, no deserto.
Dean Waddington nos dá o seguinte testemunho: “..Rainer Sacho, um sacerdote Dominicano, diz dos Valdenses: “Não há seita tão perigosa como os Leonistas (hereges, chamados Valdenses mais tarde), por estas três razões: Primeira, porque é a seita mais antiga; alguns dizem que é tão velha que data dos dias de Silvestre, outros dizem que data dos dias dos apóstolos. Segunda, acha-se disseminada por todas as parte (não está confinada a um só lugar); não há país aonde não tenham aderentes. E terceira, porque enquanto outras seitas são profanas e blasfemas, esta manifesta um supremo grau de piedade; vivem piamente diante dos homens, e nada crêem com respeito a Deus que não seja bom”
“Este mesmo escritor, Sacho, admite que aqueles fiéis floresceram quando menos, quinhentos anos antes do tempo de Pedro Waldo.
Gretzer, o Jesuíta que escreveu contra eles, também aceita sua enorme antigüidade, Grantz, em sua “História dos irmãos unidos”, fala desses cristãos nas seguintes palavras
“Estes antigos cristãos datam sua origem dos princípios do Quarto século, quando Lee, durante a grande revolução religiosa sob o Constantino o Grande, opôs-se às inovações de Silvestre, bispo de Roma. Nay, Rieger, vai mais longe ainda, pois os considera como o remanescente do povo Dos Vales, os quais, como se há dito, quando o apóstolo Paulo fez sua viagem pelos Alpes a Espanha, foram convertidos a Cristo”.
O anticristo, na forma de Papado, jamais pôde tirar o sábado completamente de seus domínios. Há muito o que dizer sobre este caso além das evidências que já se em dado, o qual mostra que enquanto a Igreja Romanizada ia expulsando gradualmente o Sábado do corpo “ortodoxo”, aqueles que eram fiéis à Lei de Deus e às práticas da Igreja Apostólica, mantinham-se firmes sem lhes importar a excomunhão à perseguição.
Os defensores do Sábado existiram baixo diferentes nomes e formas de organização, do tempo do Primeira Papa até o tempo da Reforma. Estes eram os descendentes que fugiram das prévias perseguições pagãs do tempo de Constantino, e foram aqueles quem, quando este começou a governar a Igreja e a forçar ao povo naquelas falsas práticas, recusaram submeter-se a aquela ordem, procurando isolar-se para sentir-se livre na adoração de Deus. Foram-se aos desertos, aos Alpes e a seus arredores. Em sua primeira história foram conhecidos como Nazarenos, Cerintianos, Hypsistarios, e mais tarde como Vaudeistas, Catharitas, Toulousianos, Albigenses, Petrobrusianos, Passaguitas (Passagii), e Valdenses. Falaremos em geral deste último nome.
Aqueles cristãos acreditavam que a Igreja de Roma era o anticristo do qual se fala no Novo Testamento. Suas doutrinas comparativamente eram puras e em conformidade com as Sagradas Escrituras, e suas vidas eram santas, em contraste com a corrupção eclesiástica que os rodeava. A Igreja dominante os perseguia por onde queria.
Devido a esta oposição sem escrúpulos, é difícil conhecer todos os trechos em relação a eles, posto que a única relação que chegou a nós foi de mãos de seus inimigos, em certa forma torcida e deformada. Antes da era da imprensa, seus livros foram poucos, e de tempo em tempo eram destruídos por seus perseguidores, portanto só fragmentos se conservam de seus escritos. E no começo do século XII estes tinham aumentado em poder e em número ao grau que provocaram uma séria oposição e uma sangrenta perseguição do poder Papal. Isto e o fomento de facilidades para a preservação da história, deu-lhes um lugar proeminente nos anais da igreja e suas reformas desde esse tempo.
Seus inimigos os lançaram falsas e inconcebíveis acusações respeito a sua doutrina e suas práticas, mas todos convergem em que os tais rechaçavam a doutrina da “autoridade da Igreja”, e iam à Bíblia como sua única regra de fé e prática. Aqueles cristãos condenavam a usurpação, a mundanidade e imoralidade da hierarquia romana, assim como as inovações, a pompa e a formalidade. Se sua estreita adesão à Palavra de Deus os impulsionava a adotar medidas extremas, isto não é surpreendente, pois ainda seus mais fortes inimigos não o negaram, ao contrário, dão conta da excelente moral e santidade daqueles fiéis, tão adiantada para a época que viviam e o ambiente que lhes rodeava.
Há três fontes de provas que demonstram que estes defensores, como uma classe, eram observadores do Sábado.
O argumento a priori se fundava nos fatos seguintes, os quais se confirmam pelas citações subseqüentes: Aceitavam a Bíblia como a única norma, estavam bastante familiarizados com o Antigo Testamento e o tinham em grande estima. Não reconheciam nenhum costume e doutrina que não tivesse sido estabelecida antes da ascensão de Cristo. Tal povo deve ter rechaçado aquelas festividades que a Igreja tinha determinado, e observavam o dia Sábado. Mas há um testemunho direto que mostra sua antigüidade, o relevo de seu caráter moral e a piedade como guardadores do Sábado. É pertinente fazer um prefácio como o que segue, destas citações, da pluma do Senhor Benedicto, pelo qual se mostrará que é assim como um milagre que a informação concernente a eles tenha chegado até o tempo presente.
“No século treze, segundo os eventos cronológicos de historiadores católicos, todos os que falam dos Valdenses em forma de queixa ou de recriminação, dão testemunho de que tinham fundado igrejas individuais, e que se estenderam pelas colônias da Itália, Espanha, Alemanha, os Países Baixos, Boêmia, Polônia, Lituânia, Albânia, Lombardia, Milão, Romênia, Vicencia, Florência, Velepenetino, Constantinopla, Filadelfia, Eslavonia, Bulgária, Diognicia, Livonia, Sarmacia, Croácia, Dalmacia, Briton e Piamonte”.
Não se pretende sustentar que houve uma perfeita convergência em todos sentidos entre todas aquelas diferentes congregações de vários lugares. O ponto fundamental em que convinham era na rejeição da hierarquia romana, apelando à Bíblia como sua única norma de fé e prática, e isto é inegável. Os testemunhos seguintes nos mostrarão sobre este respeito o que eles eram. Aliix fala da seguinte maneira: “Eles podem dizer de memória uma grande parte do Antigo e Novo Testamento. Esses desprezam os decretos e ditos de homens santos, e se apegam unicamente ao texto das Escrituras”. “..Dizem que a doutrina de Cristo e de seus apóstolos é suficiente para a salvação, sem estatutos nem ordenanças de nenhuma igreja. Que as tradições da igreja não são melhores que as tradições dos Fariseus; que se faz mais insistência nas tradições humanas que na observância da Lei de Deus. “Por que invalidam a lei de Deus por suas tradições?” Estes condenam todos os costumes da igreja aprovadas que não se acham no Evangelho, tais como a observância da festa da Purificação da Virgem Maria, o Domingo de Ramos, a reconciliação de penitentes, a adoração da cruz na Sexta-feira Santa. Estes rechaçam a festa da Páscoa de Ressurreição, e todos os demais festivais de Cristo e seus Santos, porque estão sendo multiplicados a um grande número, e dizem que tão bom é um dia como outro, e trabalham nos dias santos sem tomá-los em conta..” “..Eles declaram ser os sucessores dos apóstolos, e ter autoridade apostólica, e possuir as chaves para abrir e fechar. Estes têm à Igreja Católica na qualidade da rameira de Babilônia, e que todos os que a obedecem estão sob condenação, especialmente os clérigos que se acham sujeitos a ela do tempo do Papa Silvestre.” “.. Sustentam também que nenhuma das ordenanças da igreja, introduzidas depois da ascensão de Cristo, devem ser observadas porque não têm nenhum valor. As festas, jejuns, ordens, benções, ofícios da igreja e coisas pelo estilo, rechaçam-nas rotundamente”. (History of Baptista, P. 31).
Isto se disse deles em Boêmia. Tão remoto como o tempo de Erasmo estes boêmios continuaram observando o Sábado estritamente, como se verá pelo seguinte parágrafo.
Um velho historiador, Alemão, John Sleidan, falando de uma seita de Boêmia chamada “Picardos”, diz: “..Eles não aceitam nada mais que a Bíblia. Eles elegem seus próprios bispos, não negam a ninguém o matrimônio, não exercem nenhum ofício para os mortos, e tem só uns quantos dias festivos e não têm cerimônias..”
Este é o mesmo povo a que se refere Erasmo, apresentando-os como extremamente estritos na observância do Sábado. Roberto Cox, em sua “Literatura Sabática”, citando a Erasmo comenta da maneira seguinte: “Com referência à origem desta seita, encontro em um parágrafo de Erasmo que escreveu muito antes do tempo da Reforma, dizendo que haviam sabatistas em Boêmia, que não só observavam o sétimo dia, mas sim eram completamente escrupulosos no descanso neste dia..”
Jones, citando a história de Perrin, Primeiro Livro, capítulo 5, sobre os Vaudoistas (Valdenses), diz: “À exceção de sua heresia, aquele povo vivia geralmente uma vida mais pura que os cristãos. Jamais juram, a menos que os obriguem, e raramente tomam o nome de Deus em vão. Cumprem suas promessas muito pontualmente, e a maioria deles vivem na pobreza, professam preservar a vida e a doutrina apostólica, professam que seu desejo é vencer pela simplicidade de sua fé, pela pureza de consciência e pela integridade da vida, e não por pequenas filosofias, nem sutilezas teológicas”. Aos mesmo ele candidamente admite que “em suas vidas e sua moral são perfeitos, sem reprovação entre os homens, desejando com todo o poder de sua alma a observância dos mandamentos de Deus. Lielenstenius, um sacerdote dominicano, falando dos Valdenses de Boêmia, diz: “Eu digo que em moral e vida eles são bons, verazes em suas palavras, unânimes em seu amor fraternal, mas sua fé é incorrigível e vil, como o demonstrado em meu tratado..” Luiz XII, rei da França tendo sido informado pelos inimigos dos Valdenses que habitavam parte da província da Provenza, de atrozes crimes que lhes atribuíam, enviou ao chefe de petições, e a certo doutor da Sorbona, que era o confessor de sua majestade, para fazer uma investigação a esse respeito. A sua volta informaram que tinham visitado todos os recintos aonde moravam e aqueles aonde adoravam, lhes inspecionando minuciosamente, e não tinham encontrado imagens, nem sinais de ornamentos pertencentes à missa, nem a nenhuma das cerimônias da Igreja de Roma; muito menos puderam descobrir nenhuma sombra dos crimes de que lhes acusava. Pelo contrário, descobriram que guardavam o dia Sábado, que observavam a ordenança do batismo de acordo à Igreja Primitiva, e instruíam a seus filhos nos artigos da fé cristã e nos Mandamentos de Deus”.
“Alguns dos escritores papistas dizem que esse povo nunca se sujeitou à Igreja de Roma. Um dos escritores do Papa, falando dos Valdenses, diz: - A heresia dos Valdenses é a mais antiga no mundo. Supõe-se que este povo esteve primeiro no deserto, em algum lugar secreto entre as montanhas, para esconder-se da severidade da perseguição pagã, que teve lugar antes de Constantino o Grande, e desta maneira a mulher fugiu ao deserto da presença da serpente. Apoc. 12:6-14.
E tendo estabelecido-se ali este povo, sua posteridade continuou assim de geração em geração; e estando como estavam, separados do mundo, tanto pelas muralhas naturais, como pela graça de Deus, nunca participaram da corrupção que superabundava. ”..Teodoro Balvedere, um monge papista, diz que a heresia esteve sempre nos vales. No prefácio da Bíblia francesa os tradutores dizem que eles (os Valdenses) sempre tiveram o gozo completo da verdade celestial que contêm as Santas Escrituras, desde que as aceitaram como norma de fé e conduta, levada a eles pelos apóstolos, tendo preservado os manuscritos em completa pureza, e logo conservando a Bíblia inteira em sua língua natal de geração em geração”. (History of Redentionp, pp 293, 294).
A LINHAGEM DOS FIÉIS CONTÍNUOS
Não há trajetos que una como pontes da existência da verdadeira fé, pureza e doutrina. Havia uma contínua e inflexível “heresia” (assim chamada), como foi admitido por seus inimigos em cada século. Quanto a sua força e numero, um só feito revela que não era uma coisa medíocre, mas sim esta era “a mulher no deserto“, amada e protegida pelo Senhor Jesus Cristo.
A ação da “heresia” era embaraçosa para a grande “besta” (Poder Romano), e que podia atormentar à besta por sua pacífica existência, é prova suficiente de sua fortaleza, sem saber com precisão seu número. Aqueles que foram martirizados representavam só uma percentagem dos que tinham escapado e tantos como 100.000 morreram em um só sítio. estima-se que 3.000.000 pereceram nos três primeiros séculos da era Cristã; só podemos adivinhar o número de mártires pela fé, quando a perseguição chegou a ser mais crua e mais poderosa sob a Roma Papal.
Sim, dizemos que o verdadeiro protestantismo existiu em muita gente muito antes da grande reforma; quando Jesus disse que “as portas do inferno não prevalecerão”, significou o caminho manchado de sangue dos seus, e ver que a “mulher” não seria vencida. Como ele tinha estado com Israel no deserto (Atos 7:38), assim Ele estaria com sua igreja no Novo Testamento em sua experiência no deserto, “porque bebiam da pedra espiritual que os seguia, e a pedra era Cristo”. (I Cor. 10:4).
Por causa dos decretos de Roma contra eles, e à falta de liberdade religiosa, aqueles cristãos adoravam em segredo, sem o intento de sentir alguma aversão contra seus inimigos. Não foram o suficiente valentes para “testificar de Cristo”?. Não podiam pregar o evangelho pelas ruas da cidade. Viviam como nômades (Hebreus 11:38) nos vales, bosques, cavernas e montanhas, mas, entretanto, ganhavam por milhares almas para Cristo! E pelos métodos modernos comparativamente que explicamos agora, mas sim por seu “testemunho silencioso”, ao ser tomados e jogados as feras nas arenas e queimados nos postes. Ao devorar seus corpos aquelas chamas e ao ver sua disposição para morrer muitos eram convertidos, muitos mais que os que podiam ser ganhos por um sermão eloqüente.
Mas houve, entretanto, alguns que, como os profetas do antigo o Israel, atreveram-se a ser valentes, tão valentes assim que a história os registra. Sua audácia fortalecia os corações do sofrido sem número de fiéis, isto preparou o terreno do qual brotou a Reforma Protestante.
Entre aqueles valentes se encontravam os homens proeminentes que viveram precisamente em séculos anteriores à rebelião de Lutero: Walter Lollard (1315, D. do C.), Juan Wyclif (que morreu em 1384 D. de C.) e a Juan Huss (que morreu no ano de 1415 D. de C.). É conveniente para este estudo jogar um olhar a suas atividades.
WYCLIF, HUS E OS LOLLARDITAS
Enquanto que Martin Lutero realizou a Reforma “desde dentro" da IGREJA DE ROMA, jamais poderíamos barrar da história a contínua oposição à apostasia dos hostilizados “santos dos séculos”. Entretanto, é fácil confundir os dois tipos de oposição. A primeira, por aqueles que tinham existido sempre aos quais lhes chamavam “hereges”, e a Segunda, a rebelião que se levantou de dentro da Igreja de Roma. O Novo Testamento fala dos “hereges” como aqueles que “se desviam da verdade". Isso é efetivamente um herege, do ponto de vista bíblico, mas é fácil “era como aqueles homens e igrejas usariam dito termo querendo cobrir com isso sua própria culpa e acusando a seus opositores. A Igreja de Roma, ao possuir poder e prestígio, e pretendendo ostentar a autoridade divina, chamou hereges a quem rechaçou sujeitar-se a sua vontade. Não pode duvidar-se que houve entre estes hereges pessoas sem escrúpulos, indesejáveis e depravadas; mas o Papado incluía entre todos estes a “aqueles dos quais o mundo era digno” (Hebreus 11:38) e isto tampouco se pode duvidar. Os cristãos verdadeiros, desde os tempos primitivos dos apóstolos, aqueles que não estiveram dispostos a deixar a pureza das Escrituras, foram assinalados como “os mais perigosos inimigos da Igreja (de Roma)”.
Aparece nos melhores registros que Juan Wyclif e Juan Huss jamais estiveram conectados com o tipo e Reforma como os estiveram Martin Lutero e outros. Martin Lutero originalmente era Católico Romano e monge papal, e tratou de todo coração e com todas suas emoções tirar os radicalismos de sua consciência dentro da religião Católica, mas finalmente se convenceu de que devia defender algumas verdades. Seus primeiros planos e esperanças foram “realizar uma reforma dentro da Igreja” mas não separar-se, mas topando-se com um muro inquebrável se viu obrigado a abandonar a Igreja. A Igreja não queria que ele se separasse, e trataram por todos os meios de que Lutero se retratasse. Sua negativa lhe causou a “excomunhão”. Martin Lutero certamente deve ter tido alguma suspeita do significante de sua empresa ao cravar suas 95 tese em 31 de Outubro de 1517 (diferenças doutrinais com a Igreja de Roma).
Não obstante, devemos ter em mente que Juan Wyclif e Juan Huss demonstraram sua potente oposição ao Papado


MAS DE UM SÉCULO ANTES DO TEMPO DE MARTIN LUTEROConsideramos que a seguinte evidencia mostrará que, diferentemente de Lutero, eles “não saíram” da Igreja Católica Romana, mas sim sua origem o tiveram entre aquelas seitas (assim chamadas) hereges, os cristãos que sempre haviam estado em oposição à corrupção da religião Romana.
A seguinte seqüência de testemunhos históricos tirará a luz estas conclusões evidentes: Que Huss descendeu de entre os Lollarditas, de quem, em troca, pode achar uma delineada conexão com os “Valdenses”, não se pode negar. Que os Valdenses descenderam diretamente dos verdadeiros cristãos, cuja existência se vê desde o começo, século após século, tampouco pode ser refutável. Mas é necessário abreviar este estudo quanto seja possível, mas manter fixas nossas mentes nos fatos da história.
“Os Valdenses eram muito antigos, sua prática e crenças datam desde o ano 300 de nossa era; mais antigos até que o mímico Pedro Waldo, o rico comerciante de Lión”. – Sismondi History of he Crusades against Albigenses, London, England, (História das Cruzadas contra os Albigenses, por Sismondi, Londres, Inglaterra).
“Quanto aos Valdenses, permito-me chamá-los a mesma semente da primitiva e mais pura Igreja Cristã... e quanto a sua religião, eles jamais se aderiram às superstições papais.” Idem. Pp 263, 264.
UM DECRETO CONTRA OS HEREGES
“Nós, A IGREJA ROMANA, ... ordenamos e exigimos que os Valdenses, Sabatistas, a quem os chama “os pobres do Lión, e todos outros hereges que não podem ser enumerados, sejam excomungados da Santa Igreja... e saiam fora de nosso Reino e de todos nossos domínios. Todos os que, de agora em diante intentem receber aos mencionados Valdenses Sabatinos, e alguns outros hereges de qualquer profissão, dentro de suas casas, ou assistir a seus perniciosos cultos, ou os dêem mantimentos, ou os favoreçam de alguma maneira, incorrerão na indignação do Deus Todo-poderoso”. Fom Jones’ Church History (Copiado da História da Igreja por Jones), Diretório de Inquisidores, “Decreto do Ildefonso, ano 1194 D. de C.)PERSEGUIÇÃO
“Estamos obrigados justamente aqui a vindicar a pretensão que este povo (os Valdenses) fez ao honorável caráter da "Igreja de Deus”. Nos tempos de grande decadência, tudo o que é guiado pelo Espírito de Deus para reviver a verdadeira religião, expõe-se irremissivelmente aos denigrantes cargos de arrogância, de falta de caridade e o prejuízo...
“Lutero, falando daquele povo santo, confessa que tinha tido prejuízos contra eles, e testificou que havia entendido por suas confissões e seus escritos que tinham sido expertos no uso das escrituras PELAS IDADES. E se gozava dando graça a Deus,
porque havia obtido que os povos “Reformados” e os “Valdenses” se vissem como irmãos. Segundo a confissão geral dos Romanistas, parecia que aqueles protestantes e os Valdenses tinham os mesmos princípios.”

DESDE BOÊMIA
“As igrejas de Piamonte (Valdenses), eram consideradas, entretanto, por sua enorme antigüidade, como guiadoras das demais... desde as fronteiras da Espanha, por toda a maior parte do Sul da França, entre os Alpes, com o passar do Rhin por ambos os lados, e até em Boêmia, milhares de almas piedosas se olhavam suportando a perseguição pela causa cristã, contra quem a malignidade não pôde dizer mais, à exceção daquilo que os homens murmuravam, mas que era uma satisfação para os cristãos. Os homens se distinguem por suas virtudes, e lhes odeia por sua vida de santidade. Esta era a confissão que seus perseguidores faziam e meio de suspiros, e por essas virtudes lhes teve como OS MAS PERIGOSOS INIMIGOS DA IGREJA. Mas de qual Igreja? Daquela que no século trocou, e muito antes ainda, tinha demonstrado ser ANTI-CRISTÔ. Townsend’s Abridgment, Lewis. (Compendio Townsend de Lewis).


VALDENSES E LOLLARDOS
“Havia numerosas sociedades neste século, que sofriam extremamente pela mão de ferro daquele poder. Entre todos estes, os Valdenses, algumas vezes também chamados Lollardos e Lollarditas como brincadeira, pareciam distinguir-se perfeitamente por sua piedade sólida, por seu puro juízo das Escrituras, e por suas práticas de santidade...” Townsend’s Abridgment. (Compêndio de Townsend).
“Dentre os Boghardes, ou Picardos, em 1315, levantou-se um inteligente e ousado mestre, de nome Walter Lollard, o mesmo que chegou a ser um eminente pastor entre eles, e de quem os Valdenses tomaram o nome, ou foram chamados Lollardos ou Lollarditas... Moreland assegura que este tinha grande ascendência entre os Valdenses depois de ter levado suas DOUTRINAS a Inglaterra, aonde os tais predominaram sobre o reino... Walter Lollard guardava estreita unidade em pontos de fé e doutrina com os Valdenses”. Orchard, Baptist History (História Batista de Orchard).
“Os Lollarditas, foi um nome que se conheceu nos Países Baixos no século quatorze, cujo nome nesse século e no seguinte se aplicou discriminatoriamente e com um gesto de desdém às diferentes seitas que a Igreja Católica Romana julgava como hereges. Muitas explicações se deram da derivação deste nome, mas qualquer que tenha sido a origem, este foi bastante conhecido na Inglaterra a fins do século XIV, quando foi aplicado aos seguidores de Wyclif”. Enciclopédia americana. Art. Lollards.

WYCLIF E HUSS
“Os monarcas da Europa aproveitaram as divisões dentro da Igreja (de Roma...) e do cisma do Ocidente para fortalecer sua posição. Quanto aos hereges, aqueles cristãos que não aceitavam os ensinos da Igreja (Romana) tornaram-se mais audazes que antes.
“Um dos hereges mais famoso foi o inglês Juan Wyclif, ou Wycliffe (que morreu em 1384 D. de C.). Wyclif criticava muitas das doutrinas da Igreja, e se fez do lado do Estado, em muitas questões contra a Igreja. Seus seguidores foram chamados e conhecidos como os Lollards (palavra do Holandês que significa um que murmura suas orações). O lollardismo obteve sua altura maior cerca de 1400; sustentavam-no quase todas as classes da sociedade. Foi extirpado da Inglaterra por 1417, pelo grande esforço de três reis Ingleses – Ricardo II, Enrique IV, e Enrique V.
“A heresia Lollardista foi acolhida com grande entusiasmo em Boêmia, o Estado Eslávico que lhe empurrou até o coração da Alemanha como um enorme punhal. Os escritos do Wyclif eram lidos com ânsia. Seu discípulo mais adiantado foi Juan Huss, ou Hus, e este também adquiriu um grande número de seguidores que foram conhecidos como “Hussistas”. Huss foi julgado, condenado e queimado em um poste como herege, em 1415; mas a heresia Hussita não ficou extinta com ele. Seus amigos se levantaram em armas, desatou-se uma guerra que lhe denominou guerra Hussita (entre 1420 e 1436). A maior parte da Europa Oriental e Central ficou desolada. Ao final as guerras Hussitas terminaram em obter concessões mútuas.
“Devido às resistência dos Papas em Aviñón, fora de Roma, o Grande Cisma, os Hussitas, a derrocada do feudalismo, e a autoridade da Igreja foram sacudidas. Um dos resultados de tudo isto foi o desenvolvimento do espírito de crítica. Roma jamais recuperou todo o domínio que tinha tido sobre o amor devocional dos homens”. Bk. Of Knowledge, Glolier Soc., Vol. 5 and 6, 1950 edition (Livro do Conhecimento, Sociedade Glolier, Vol. 5 e 6, Edição de 1950).
Pelos breves relatos históricos que expressamos, vê-se claramente que o Cristianismo verdadeiro, puro e perfeito, permaneceu vivo nos corações de milhares e milhares de homens e mulheres através dos séculos, quem se opôs tenazmente aos erros doutrinais e à corrupção da Palavra de Deus, e por meio deles TRIUNFA A VERDADE, pois “as portas do inferno” não puderam prevalecer contra o poder da verdade.


Um comentário:

Anônimo disse...

Shalom, o estudo é muito interessante
mas devido ao tamanho minúsculo da letra é impossível ler até o final, tanto a História da Igreja de Deus I como II, está com letra ilegível na parte final do texto.