Lembra-te do dia de sábado para o santificar - Êxodo 20:8

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

TRINDADE - II

- continuação -
ARGUMENTOS TRINITARIANOS CONSIDERADOS

Vamos considerar os argumentos que os trinitarianos lançam mão para defender sua teoria. Eles admitem que a doutrina não está firmada na Bíblia, entretanto, se agarram a toda pequena frase nas Escrituras que possa ser usada de alguma forma para apoiar sua falsa doutrina.

UM TEXTO ESPÚRIO
O único verso na Bíblia que aparenta ensinar a trindade é I João 5:7, ” Porque três são os que testificam no céu: o Pai, a palavra e o Espírito Santo; e estes três são um.” Geralmente é aceito entre os eruditos que este verso é espúrio, não sendo parte genuína da Bíblia, portanto, sem autoridade. Sendo, pois este verso forjado, já que não consta nos melhores manuscritos, presume-se que o mesmo foi inserido por algum escriba trinitariano durante a Idade Média. Hoje em dia, trinitarianos honestos não usam este verso no ensino de sua doutrina.Quase todas as versões e traduções modernas corretamente omitem as palavras deste verso. (Obs.”O Novo Testamento Grego Analítico”- Barbara & Timothy Friberg, baseado nos antigos códices da Sociedade Bíblica Americana, também omite o verso 7, exposto acima,de I João 5.)
OCORRÊNCIA DE TRÊS PALAVRAS JUNTAS
Um dos principais argumentos usados pelos trinitarianos é o fato de que Deus, Jesus e o Espírito Santo são mencionados juntos em alguns versos. Dizem eles que isso prova a trindade. Isto não é verdade. O fato de que três palavras ocorrem na mesma sentença não é indicação em si mesmo que os fatores ou pessoas mencionadas são iguais ou até necessariamente relacionadas. Eis alguns versos usados por eles:
Mateus 3:16,17 - Batismo de Jesus
João 14:16 - A promessa do Consolador
Mateus 28:19 - A Grande Comissão
2 Coríntios 13:13 - Benção
1 Pedro 1:2º - Os Eleitos

1. Mateus 3:16,17 - Este texto descreve eventos ligados ao batismo de Jesus. Após Jesus ter sido imergido no Rio Jordão, Deus enviou Seu poder, o Espírito, a Jesus e declarou que Ele era Seu Filho. Incluídos neste incidente estão Jesus, Deus e o Espírito de Deus. Isto, entretanto, não prova nem indica a trindade. O Espírito, que é o poder de Deus, desceu como pomba sobre Jesus batizado. Nada há em absoluto neste incidente que mostre que o Espírito é uma pessoa. Nada há aqui que sequer insinue a idéia de que Jesus, Deus e o Espírito são co-iguais e co-eternos. A subordinação do Filho a Seu Pai, além disso, é revelada pelo fato de que o Pai enviou o Espírito enquanto o Filho era quem o recebia. O Pai nos céus era quem falava. O Filho, saído da água, era quem o Pai reconhecera como Filho.

2. João 14:16 - Jesus prometeu Seus discípulos que após Ele haver ascendido aos céus, Ele receberia o Consolador de Seu Pai, e então, enviá-lo-ia para eles. O Pai deu Seu poder a Jesus, por
Sua vez, Cristo deu Seu poder a Seus discípulos. Esta promessa cumpriu-se no dia de Pentecostes (Atos 2:33).Deus, Jesus e o Espírito são mencionados juntos aqui. Este fato, entretanto, não prova, nem insinua a trindade. Deus, Jesus, e o amor de Deus são mencionados juntos em diversos versos. Os mesmos argumentos usados pelos trinitarianos personificaria também o amor de Deus e o transformaria numa pessoa da Divindade. O mesmo se aplicaria à sabedoria de Deus e outros atributos. Os argumentos trinitarianos resultariam em tantas pessoas da Divindade quantos atributos houvessem na natureza Divina: isto é absurdo... O fato de que uma das habilidades ou atributos de Deus é usada em conexão com Deus e Seu Filho não é indicação de que uma trindade de pessoas é por este meio ensinada. O Pai somente é Deus. Jesus é o Filho de Deus, o Espírito Santo é o poder impessoal de Deus.

3. Mateus 28:19 - Neste texto a palavra “nome” no original está no singular; esta palavra não se refere a um nome pessoal: designa simplesmente autoridade. “O Pai” não é o nome pessoal de Deus, é um título, pois Seu nome pessoal é YAHWEH. “O Filho” não é o nome pessoal de nosso Salvador, é também um título, pois Seu nome pessoal é Jesus. O Espírito é o poder de Deus, não é uma pessoa, portanto, não tem um nome pessoal.

Observação:
Note o seguinte:
O Pai - Nome pessoal: YHWH

O Filho - Nome pessoal: JESUS

O Espírito - Nome:?

- Por ser impessoal, o Espírito (poder de Deus) não tem nome próprio, pois quem jamais encontrou referência na Escritura sobre o nome do Espírito ?
- Pode ser dito que as palavras à versão inglesa “Holy Ghost” e Holy Spirit” (Espírito Santo) tem o mesmo significado. Ambas as palavras “ghost” e “spirit” são traduzidas do vocábulo grego “pneuma”, que significa “poder”. Os tradutores não podem ter razão válida para usarem a palavra “ghost” em vez de “spirit”.
Este texto (Mateus 28:19), registrando a Grande comissão evangelística de Cristo, autorizou os discípulos a irem a todo mundo e pregar o Evangelho. É similar a Marcos 16:15,16. No verso anterior a este texto, lemos; ”E chegando-se Jesus, falou-lhes dizendo: É me dado todo o poder no céu e na terra.” (Mt.28:18). A palavra “poder” (Grego: exousia) aqui significa ‘autoridade’. Após ter recebido autoridade divina de Deus, Jesus autorizou Seus discípulos para irem e ensinarem todas as nações. Assim, quando os discípulos foram, ensinaram e batizaram, e eles assim o fizeram através da autoridade de que estavam investidos pelo Pai, que tinha dado toda autoridade para Seu Filho. Desta maneira, assim eles fizeram isso no “nome” ou autoridade recebida do Pai.
Os discípulos foram por todas as partes pregando e ensinando porque Jesus assim os tinha autorizado e instruído, para que assim agissem. Desta maneira, eles trabalharam no “nome” ou autoridade do Filho. O poder de Deus, o Espírito, foi concedido aos discípulos para que se operasse neles mudança de caráter e para que fosse possível a operação de milagres. Através dessas obras miraculosas do Espírito, Cristo estava “cooperando com eles (...) e confirmando a palavra com os sinais que se seguiram”. (Marcos 16:20). O poder de Deus confirmou Sua mensagem através de milagres, revelando também que eles eram representantes de Deus e Jesus; assim os discípulos foram, ensinaram e batizaram “em nome de” ou com uma autoridade confirmada pela operação do poder de Deus, o Espírito Santo.
A autoridade recebida de Jesus e do Pai e revelada através do poder do Espírito foi uma autoridade divina, portanto, a palavra “nome” ou “autoridade” é singular. Nada há neste verso que ensine a trindade, como também nada que indique que o Espírito é uma pessoa ou que as três formam uma unidade composta de uma só substância e essência.

4. II Coríntios 13:13 - Esta é outra escritura na qual o Pai, Jesus, e o Espírito Santo são mencionados juntamente. Os trinitarianos afirmam que o Pai é sempre o primeiro, o Filho sempre o segundo, e o Espírito sempre o terceiro. Os apóstolos, entretanto, parecem jamais ter ouvido sobre a regra trinitária. Em muitos versos, o assunto da discussão exige que Jesus seja mencionado no texto antes de Deus. Na maioria dos textos do Novo Testamento onde Jesus e o Pai são mencionados juntos, o Espírito não é mencionado de forma alguma. É interessante notar que neste verso Jesus é mencionado primeiro, Deus é mencionado em segundo, e o Espírito em último. Neste verso, Jesus e Deus são representados como pessoas. O Espírito é revelado como o poder de Deus. Paulo não ensinou a trindade nesta bela bênção. Ele orou para que a graça divina, amor e comunhão estivessem com os Coríntios. Ele desejava que estes experimentassem os benefícios da graça de Cristo. Ele também desejava que os crentes de Corinto entrassem nas bençãos resultantes do amor de Deus, assim como, desfrutar da comunhão espiritual com Deus, Seu Filho, e irmãos que é feita possível através da operação do poder de Deus, o Espírito Santo.

IMPORTANTE: Note que Paulo mencionou a comunhão do Espírito Santo, não a comunhão com o Espírito Santo. Os crentes tem comunhão com o Pai e com Seu Filho Jesus Cristo (ver I João 1:3-7) porque o Pai e o Filho são pessoas, ao passo que os crentes não podem ter comunhão com o Espírito, pois este não é uma pessoa. Na verdade, os Cristãos experimentam comunhão do Espírito, mas não com o Espírito.
Portanto, notamos que esta benção de Paulo na realidade não ensina de modo algum a falsa doutrina da trindade.
O fato de que Pedro, Tiago e João são mencionados juntos repetitivamente na Bíblia não indica que eles formam uma trindade. Por que deveria isto ser mais verdade porque Deus, Jesus e o poder de Deus aparecem mencionados no mesmo verso ? Outras Escrituras usadas de modo errôneo no mesmo intuito pelos trinitarianos são:Gn.19:24; Nm.27:18; Sal.51:11; Isa.34:16; 40:13; 48:16; Oséias 1:7; Ageu 2:4-5l; I Cor.12:4-6; I Ped.3:18; Apoc.1:4-6.

FRASES REPETIDAS TRÊS VEZES
Outro grupo de Escrituras nas quais os trinitarianos tentam ler sua doutrina inclue aqueles versos onde uma certa frase é repetida três vezes. Estes textos quando usados erroneamente deste modo, estão relacionados abaixo:
Isaías 6:3 - Santo, Santo, Santo
Apocalipse 4:8 - Santo, Santo, Santo
Números 6:24-26 - O Senhor, o Senhor, o Senhor

1. Isaías 6:3 - O Serafim adora a Deus clamando um ao outro: ”Santo, Santo, Santo, é o Senhor dos Exércitos: a terra toda está cheia de Sua glória.” O fato de que o atributo divino da santidade é repetida três vezes na adoração do Serafim, não indica que alguma referência é feita a três pessoas de uma trindade assentadas sobre um trono. A palavra “Santo” é repetida três vezes para dar ênfase.
*Obs.: Hollenberg & Budde em sua “Gramática Elementar da Língua Hebraica” ensinam que a forma repetida de um adjetivo em Hebraico além de lhe comunicar Ênfase, também serve como superlativo absoluto, passando “Santo, Santo, Santo” a ser entendido como “Santíssimo”.
Repetição para Ênfase é uma prática comum entre os escritores da Bíblia. Note os seguidores exemplos: “Ó terra, terra, terra! Ouve a palavra do Senhor.” (Jer.22:29) Terá Jeremias ensinado uma trindade de terras? Certamente que não.”Ao revés, ao revés, ao revés a porei, e ela não será mais, até que venha aquele a quem pertence de direito, e a ele darei.” (Ezequiel 21:27).
Deus declarou que o reino de Israel seria suspenso e o trono de Davi seria posto ao revés. Este permaneceria em efeito até que o Messias viesse para reinar como rei. Neste texto a palavra “ao revés” é repetida três vezes para Ênfase.

2. Apocalipse 4:8 - Este verso é similar a Isaías 6:3. Aqui os quatro seres viventes “não descansam nem de dia nem de noite, dizendo: “Santo, Santo, Santo” Senhor Deus Todo-Poderoso, que era, e é, e que há de vir.” O contexto deste verso nos mostra que estas palavras foram dirigidas somente ao Pai. Embora seja verdade de que o Filho é Santo e que o poder de Deus é Santo, as palavras de adoração deste texto são endereçadas ao Pai apenas. O Filho não é incluído aqui.
O contexto descreve Deus assentado sobre Seu trono no Céu tendo nas mãos um livro selado com sete selos. (Apoc.5:1). Um anjo forte inquire por alguém que possa vir e abrir o livro (Apoc5:2-4). Finalmente após tornar-se claro que ninguém mais era digno, Jesus é descrito como o Cordeiro que vem e toma o livro da mão direita de Deus (Apoc.5:5-7). Jesus não era aquele que Se assentava sobre o trono, nem parte d’Ele. Aquele que se Assentava no trono não era uma trindade.
Em Apocalipse 4:2-3, notamos que “um” estava assentado sobre o trono. Esta pessoa única era o Pai, o Criador. Era Ele que estava assentado sobre o trono a quem as quatro criaturas viventes adoravam com as palavras: “Santo, Santo, Santo.” Este texto, assim como Isaías 6:3 absolutamente não apóia a falsa doutrina da trindade.

3- Números 6:24-26 - ”O Senhor te abençoe e te guarde; o Senhor faça o Seu rosto resplandecer sobre ti, e tenha misericórdia de ti; o Senhor sobre ti levante o Seu rosto, e te dê a paz.” As palavras “o Senhor” são usadas como o sujeito de três sentenças consecutivas. Este fato, entretanto, não é prova que a trindade é indicada. Nesta benção sacerdotal, Aarão referiu-se à apenas uma pessoa, o Senhor Deus de Israel. No verso seguinte, Deus fala de si mesmo, no singular, ”Assim porão o Meu nome sobre os filhos de Israel, e Eu os abençoarei.” (Num6:27)

”Os próprios Judeus severamente ressentem-se da imputação de que suas Escrituras contém alguma prova ou até mesmo intimação da doutrina da trindade ortodoxa, e Jesus e os Judeus nunca diferiram sobre este assunto, ambos mantendo de que Deus é único, e de que esta é a maior verdade revelada para o homem.” (Gifford, Ezra D. “The True God, the true Christ, the true Holy Spirit.- San Diego, Califórnia, 1912, pp.44-45)
*Obs.: Em Números 6:24-26, a palavra traduzida por “Senhor” é o nome próprio de Deus, o Pai Eterno, isto é”Yahweh” o que indica claramente que a passagem refere-se somente a Ele, o que é confirmado no verso 27.

A PALAVRA PLURAL HEBRAICA
A palavra hebraica mais comum e usada para designar Deus no Velho Testamento é ”Elohim”, sendo um substantivo plural. “No princípio, criou Deus o céu e a terra.” (Gen.1:1). “Elohim” não é nome pessoal de Deus; simplesmente refere-se à Sua Divindade, Sua posição em relação às criaturas, significando originalmente “O Forte”. Esta palavra plural hebraica é usada 2470 vezes no Antigo Testamento. É aplicado a homens que exercitam autoridade, a anjos, e para os muitos deuses do paganismo, como também para o único Deus verdadeiro. Quando aplicado ao verdadeiro e único Deus, “Elohim” geralmente é associado com verbos singulares, como também adjetivos e advérbios. Por exemplo, a palavra hebraica para “criou” em Gênesis 1:1 “bara” é singular. Elohim, designando o verdadeiro e único Deus, não indica uma pluralidade de deuses ou pluralidade de pessoas numa substância, isto é: politeísmo / triteísmo ou trinitarianismo.
Se o substantivo plural “Elohim” fizesse referência a uma pluralidade de pessoas ou pluralidade de deuses quando usado em referência ao único Deus verdadeiro, Ele sempre seria identificado por esta palavra plural, pensamos, entretanto, que este não é o caso. A forma singular “Eloah” também é usada em referência a Deus. Isto é especialmente verdade nos Livros Poéticos do Antigo Testamento. Quarenta e uma das quarenta e seis ocorrências de ELOAH, encontram-se no Livro de Jó. Os escritores do Antigo Testamento usaram a palavra Elohim para designar o único Deus verdadeiro, mostrando Sua infinita superioridade em relação às divindades politeístas e indicando Sua singular existência.
A pluralidade de atributos e poderes que o politeísmo distribui entre muitas divindades finitas, pertencem à Pessoa Infinita, o Deus verdadeiro. Divindades pagãs são não-existentes. Adoração, reverência, e sacrifícios prestados a esses deuses são mal-direcionados.O louvor total, obediência, e amor da raça humana pertencem ao único infinito Deus. Este Ser Infinito declarou, “Eu sou o Senhor (Yahweh) teu Deus. Não terás outros deuses diante de mim.” (Ex.20:2,3).
O Plural de majestade - Quando usado em referência ao único Deus verdadeiro, o substantivo plural hebraico Elohim denota majestade, excelência, superioridade. Refere-se à infinita plenitude de Deus e ilimitada grandeza; designa mais pluralidade quantitativa do que numérica, refere-se mais a quanto (intensidade), do que a quantos (quantidade). O uso de substantivos plurais e pronomes em referência à pessoa de Deus é comumente conhecido como “plural de majestade”. Este pensamento é substanciado nas seguintes citações:
Numa nota sobre Gênesis 1:1, Joseph Bryant Rotherham faz as seguintes observações:
”Deveria ser cuidadosamente observado que, embora Elohim seja plural na forma, todavia quando, como aqui, está construído com um verbo no singular, naturalmente é singular em sentido; especialmente por que o “plural de qualidade” ou “excelência” é abundante na língua hebraica em casos onde a referência é inegavelmente a alguma coisa que deve ser compreendida em número singular.” (Rotherham, Joseph Bryant. “The Emphasized Bible”. Londres: H.R. Allenson, 1901. Vol. 1. p. 33)
Louis Berkhof, presidente do seminário Teológico Calvinista, faz a seguinte observação concernente à palavra Elohim:
“O nome raramente ocorre no singular, exceto em poesia. O plural deve ser considerado como intensivo, e, portanto, serve para indicar plenitude de poder.” (Op. cit. p. 48)
O doutor William Smith da Universidade de Londres, um século atrás, foi descrito como o “mais eminente lexicógrafo do mundo de língua Inglesa.” A seguinte afirmação encontra-se no Dicionário Bíblico que o doutor Smith editou:
”A forma plural Elohim tem dado origem a muita discussão. A idéia fantasiosa de que se refere à trindade de pessoas na Divindade, dificilmente encontra agora algum partidário entre eruditos. Ou é o que os gramáticos chamam “plural de majestade” ou então denota a plenitude da força divina, a soma de poderes revelados por Deus. (Smith, William. “A Dictionary of the Bible” Philadelphia: American Baptist Publication Society, 1863, pg. 216).
Embora sendo trinitariano, Dr. Augustus H. Strong mostra que a palavra Elohim frequentemente adquire a significado singular:
”Pensou-se uma vez que o estilo real de linguagem era um costume de um tempo posterior a Moisés. O Faraó não o usa. Em Gênesis 41:41-44, ele diz: “Te tenho posto sobre toda a terra do Egito...eu sou Faraó.” Mas investigações posteriores parecem provar que o plural para Deus foi usado pelos Cananitas antes da ocupação hebraica: o Faraó é chamado “meus deuses” ou “meu deus”, indiferentemente. A palavra “Senhor” é geralmente encontrada no plural no Antigo Testamento. (cf. Gênesis 24:9, 51; 39:19; 40:1). O plural dá expressão ao sentido de temor, significa magnitude ou plenitude. Os hebreus tinham muitas formas plurais, onde deveríamos usar o singular.
Ex: “MÀ-YIM” (água x águas) = água.
“SHAMAYIM” (Céus) = céu. (Op. cit. pp. 318-319)
Strong cita Gustav Friedrich Oehler, “Old Testament Theology”, como chamado Elohim um plural quantitativo, significando grandeza ilimitada. (Ibidem, 318).

PRONOMES PESSOAIS PLURAIS
Existem quatro escrituras no Antigo Testamento onde pronomes pessoais plurais são usados em referência a Deus. Os trinitarianos afirmam que isto ensina sua teoria. Isto não é verdade. De maneira nenhuma estes quatro textos ensinam que existe uma pluralidade de pessoas em Deus. Os quatros textos em questão são os seguintes:
Gênesis 1:26 - Façamos o homem à nossa imagem.
Gênesis 3:22 - O homem é como um de nós.
Gênesis 11:7 - Desçamos e confundamos
Isaías 6:8 - Quem ir por nós?

Os pronomes pessoais plurais nestes versos referem-se a um Deus singular. Isto está claro pelo fato de que pronomes singulares são usados no contexto em referência a Deus. Em Gênesis 1:26, Deus disse, “Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança.” No verso seguinte, entretanto, lemos: “E criou Deus o homem à Sua (Dele) imagem; à imagem de Deus os criou; macho e fêmea os criou.”
(*Obs: Note acima os verbos no singular, como também os pronomes.)
Em Isaías 6:8, lemos, ”Depois disto, ouvi a voz do Senhor, que dizia: A quem enviarei, e quem há de ir por nós?” Note que o Senhor disse: “A quem enviarei...?” - Deus falou de si mesmo no singular.
Em todo o restante da Bíblia, exceto estes quatros textos, Deus é designado por pronomes singulares.
Quando falando de si mesmo, Deus diz: “Eu, Meu, Mim.” Quando homens falam à respeito de Deus, dizem: “Ele, dEle, Lhe.” - Caso os pronomes plurais destes textos fizessem referência a uma pluralidade de pessoas dentro de Deus, porque então não é Deus, sempre designado por pronomes plurais? Além do mais, se estes pronomes plurais denotassem realmente pluralidade em Deus, não haveria absolutamente nada que revelasse quantos haveriam naquela pluralidade, se seriam dois, três, dez, ou mesmo mil. Aplicar pluralidade a Deus resultaria em Politeísmo, mas não trinitarianismo.
Estes pronomes plurais, como o substantivo plural ELOHIM, referem-se ao “plural de majestade”. Deus é representado como dizendo: “Façamos” em vez de dizer: “Vou fazer” como uma indicação de Sua glória e grandeza.
O Dr. William Evans, embora trinitariano, escreveu o seguinte:
“Alguns diriam que o “Façamos” em Gênesis 1:26 - “Façamos o homem,” refere-se a Deus consultando Seus anjos, com os quais Ele toma conselho antes de executar algo de importância. Mas, Isaías 40:14, diz: “Com quem tomou conselho?” mostra então, que não é este o caso; e Gênesis 1:27 contradiz esta idéia, pois repete a frase: “ à imagem de Deus”, não à imagem de anjos; também que Deus criou o homem à Sua própria imagem, à imagem de Deus (não anjos) o criou.” O “Façamos” de Gênesis 1:26, portanto, é devidamente compreendido como plural de majestade, como indicando a dignidade e majestade d’Aquele que fala. A tradução apropriada deste verso não deveria ser “Façamos”, mas “Faremos”, indicando mais a linguagem de “resolução” do que de “consulta”.
(Evans, William “The Gospel Doctrines of the Bible” - Chicago: Moody Press, 1939, pg. 27).
- continua -

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