Lembra-te do dia de sábado para o santificar - Êxodo 20:8

segunda-feira, 23 de julho de 2012

ESPÍRITOS EM PRISÃO / EVANGELHO PREGADO AOS MORTOS

Existem duas passagens na primeira carta de Pedro que tem sido muito mal interpretadas pelos cristãos. A primeira fala que Cristo pregou aos espíritos em prisão, a segunda que o evangelho foi pregado aos mortos. Eis as passagens: “No qual também foi, e pregou aos espíritos em prisão;” (1 Pedro 3:19). “Porque por isto foi pregado o evangelho também aos mortos, para que, na verdade, fossem julgados segundo os homens na carne, mas vivessem segundo Deus em espírito;” (1 Pedro 4:6).
Tanto uma como a outra estão no mesmo contexto, assim ao entendermos o contexto, entenderemos o sentido destas afirmações. Não há segredos. Uma leitura atenciosa é suficiente. Mas isto não é possível ser feito aqui, por isso, vou apenas dar as poucas e suficientes indicações.
Esta carta de Pedro foi dirigida aos irmãos que estavam dispersos pelo mundo, algumas congregações na Capadócia, Galácia, Bitínia, Ponto e Ásia. Toda a carta é dominada pela ideia de que estes irmãos passavam por grandes lutas e sofrimentos no mundo. Pedro os exorta a se espelharem nos sofrimentos de Cristo. Leia a carta e enumere quantas vezes aparecem palavras ligadas ao verbo sofrer e você se certificará disso.
O sofrimento é fruto da opressão daqueles que detém o poder. No intuito de ensinar os irmãos a evitar o sofrimento, Pedro aconselha que os mesmos sejam submissos às autoridades políticas, aos patrões, as mulheres aos maridos, os jovens aos mais velhos e os irmãos aos irmãos. Sua exortação vai além, e pede que os irmãos abençoem ao invés de maldizerem (cap. 3:8-12), pois é melhor sofrer praticando o bem do que praticando o mal (v. 17). Para afirmar sua ideia, o Apóstolo Pedro, cita o exemplo de Cristo, ele diz no verso 18: “Porque também Cristo padeceu uma vez pelos pecados, o justo pelos injustos, para levar-nos a Deus; mortificado, na verdade, na carne, mas vivificado pelo Espírito”. Se Cristo padeceu, devemos nós também padecer. Porém, este texto não se refere somente à morte de Jesus na cruz, mas também, e mais especificamente, sobre sua morte para as coisas carnais. Uma rápida avaliação do contexto nos fará entender isso. Vejamos o que diz o texto do verso 18 até o 22 do capítulo 3.
Além de morrer fisicamente na cruz, Cristo morreu espiritualmente para o mundo. Isto se deu em sua vida terrena com e depois de seu batismo, não depois de sua ressurreição. Durante a vida terrena, Jesus nunca pecou, portanto não precisava de perdão, evidentemente, não precisa ser batizado, mas foi. O seu batismo marcou a seu compromisso de servir a Deus em espírito. Ele estava morto na carne mas vivo no espírito, da mesma forma que devemos ser depois que nós nos batizamos. Foi neste espirito, mortificado na carne e vivificado no espírito que Ele pregou aos espíritos em prisão. Estes espíritos eram os homens presos no pecado que viviam na época de Jesus (publicanos, prostitutas etc), que antes de ouvir a mensagem de Jesus, eram desobedientes. Todavia, Deus era paciente com estes pecadores. Para exemplificar esta paciência de Deus, Pedro cita a história do dilúvio. Veja que a história do dilúvio é usada como exemplo da paciência de Deus, não como uma realidade de Jesus pregando em espírito aos homens pré-diluvianos. No tempo do dilúvio, Deus foi extremamente paciente com aqueles homens enquanto Noé construia a arca. Foram 120 anos de paciência (haja paciência!), mas mesmo assim, apenas oito almas se salvaram. O fato é que esta passagem não fala, como muitos pensam, que Jesus estava lá no tempo de Noé pregando em espíritito, ou que depois da sua ressureição pregou aos espíritos em prisão. A pregação de Jesus aos espíritos em prisão foi durante seu ministério terreno, período entre seu batismo e sua morte na cruz. Vejamos Isaías 61:1 para comprovar: “O espírito do Senhor Deus está sobre mim; porque o Senhor me ungiu, para pregar boas novas aos mansos; enviou-me a restaurar os contritos de coração, a proclamar liberdade aos cativos, e a abertura de prisão aos presos”.
Pedro ainda compara a salvação daquelas oito almas pela água com a nossa salvação pelo batismo, mesmo que, segundo suas palavras, o batismo não serve para tirar a sujeira do corpo, mas para firmar nossa consciência para com Deus em virtude da ressurreição de Cristo, que está nos céus à direita de Deus, sendo-Lhe submisso todo tipo de autoridade. Então, se Jesus está no céu com toda autoridade e poder diante de Deus e nós fizemos o compromisso de mantermos uma boa consciência com Deus pelo ato de nosso batismo, que representa a morte e ressurreição de Cristo, devemos ficar firmes, mesmo diante de todas os  sofrimentos da vida produzidos pelos homens maus. Esta é a recomendação que Pedro expressa nos versos que seguem no capítulo 4, isto é, para lutarmos tenazmente contra o pecado e contra os insultos dos ímpios. Veja os versos de 1 a 4 do capítulo 4.
Por fim, diz: “Contudo, eles terão que prestar contas àquele que está pronto para julgar os vivos e os mortos. Por isso mesmo o evangelho foi pregado também a mortos, para que eles, mesmo julgados no corpo segundo os homens, vivam pelo Espírito segundo Deus”, (1 Pedro 4:5-6). Percebamos que este texto não fala nada de diferente do que foi explicado acima. Ele apenas afirma que os ímpios, que nos insultam e nos fazem sofrer, terão de prestar conta a Deus, pois a eles também foi pregado o evangelho com a finalidade de que julgassem a si mesmos enquanto homens e vivessem segundo a vontade de Deus e escapassem do juízo. Tanto os vivos (santos), como os mortos (ímpios) serão julgados. Nos versos 17 a 19, Pedro fala: “Pois chegou a hora de começar o julgamento pela casa de Deus; e, se começa primeiro conosco, qual será o fim daqueles que não obedecem ao evangelho de Deus? E, "se ao justo é difícil ser salvo, que será do ímpio e pecador?” Por isso mesmo, aqueles que sofrem de acordo com a vontade de Deus devem confiar suas vidas ao seu fiel Criador e praticar o bem”, (1 Pedro 4:17-19). Veja que este julgamento não é futuro, é agora, no tempo presente. Nós, os vivos em Cristo, estamos sendo julgados, também os ímpios, mortos no pecado. De acordo com o texto, não é fácil a nossa salvação, por isso, temos que fazer o bem, a salvação para o ímpio é impossível se não houver arrependimento.
Geralmente, as pessoas têm dificuldade de entender este texto por causa da expressão: “evangelho foi pregado também aos mortos”. Evidentemente, não está falando de mortos literalmente, mas mortos no pecado. Lembremos do que disse Jesus: “Deixa aos mortos o enterrar os seus mortos; porém tu vai e anuncia o reino de Deus” (Lucas 9:60) É fato que quem está morto literalmente não pode sepultar ninguém. São os mortos espirituais, homens no pecado, que Jesus se referiu. O evangelho pregado aos mortos é o evangelho pregado ao pecador.
Vejamos, ainda, mais algumas passagens que nos ajudam a entender o estar morto na concepção que Pedro apresenta aqui.”Pois, quanto a ter morrido, de uma vez morreu para o pecado; mas, quanto a viver, vive para Deus”, (Romanos 6:10) “Logo tornou-se-me o bom em morte? De modo nenhum; mas o pecado, para que se mostrasse pecado, operou em mim a morte pelo bem; a fim de que pelo mandamento o pecado se fizesse excessivamente maligno”, (Romanos 7:13). “Não sabeis vós que a quem vos apresentardes por servos para lhe obedecer, sois servos daquele a quem obedeceis, ou do pecado para a morte, ou da obediência para a justiça? (Romanos 6:16). Conjuro-te, pois, diante de Deus, e do Senhor Jesus Cristo, que há de julgar os vivos e os mortos, na sua vinda e no seu reino,” (II Timóteo 4:1). “Se alguém vir pecar seu irmão, pecado que não é para morte, orará, e Deus dará a vida àqueles que não pecarem para morte. Há pecado para morte, e por esse não digo que ore”, (1 João 5:16). Todas estas passagens reafirmam o seguinte conceito: O ímpio é um morto no pecado e os justos são mortos para o pecado, ou, também, em outras palavras, os ímpios estão mortos no espírito e os justos vivificados no espírito. Os justos que estão mortos para o pecado, estão vivos para Deus, mas se ele voltar a cometer o pecado do ímpio, morre novamente para Deus, e aí, João pede para nem orar por ele. Só lhe resta a intercessão do advogado. Em oposição a esta ideia do justo vivo no espírito é que Pedro apresenta os mortos. Sendo assim, o evangelho foi pregado aos mortos.
Em suma, esta carta de Pedro foi dirigida àqueles irmãos que sofriam no mundo pagão. Pedro os exorta a não confrontar os ímpios para não sofrerem ainda mais. É melhor obedecer às autoridades e a vida irá bem. Toma como exemplo, Cristo, que sofreu a morte física. Porém, o maior exemplo de Cristo é sua mortificação para o pecado. Cristo não pecou, pois sempre teve uma boa consciência para com Deus, assim aqueles irmãos deviam ter, como nós também, é evidente. Jesus, nos dias de sua carne, viveu no espírito e foi nesta condição que pregou aos espíritos em prisão, isto é, ao homem pecador, morto espiritual, mas vivo na carne como homem natural. A pregação de Cristo não foi lá no tempo do dilúvio, como muitos pensam, mas durante o seu ministério terreno, logo após o seu batismo. Com estes espíritos em prisão do tempo de Jesus, isto é pecadores, e também com todos os outros pecadores nas demais épocas, Deus teve muita paciência. Pedro demonstra esta paciência divina, citando como exemplo os 120 anos de pregação de Noé, enquanto construía a arca. A paciência de Deus se esgotou e apenas oito almas foram salvas. Portanto, Pedro não está dizendo que Jesus esteve lá no tempo do dilúvio pregando. O dilúvio foi usado como exemplo da paciência de Deus. Por fim, o juízo de Deus acontece em todo tempo, e poucas pessoas serão salvas, por isso, os cristãos devem ficar firmes no combate ao pecado, perseverando na prática do bem, conforme nosso compromisso no ato do batismo. Os ímpios perecerão, pois são julgados pelo mesmo juízo que já começou na casa de Deus. A dificuldade que as pessoas tem para entender estas passagens se concentra na incompreensão do termo “morto”, que nem sempre se refere à morte física, mas espiritual, como está esclarecido acima. Inclusive, a partir desta compreensão, também fica fácil entender o “pecado para morte”, que fala o apóstolo João. Assim, com uma leitura atenta de toda a carta de Pedro e com a ajuda do conceito correto aplicado ao termo "morto", nestas passagens, nossas dúvidas sobre o pregar aos “espíritos em prisão” e aos “mortos” são dissipadas.

Paz a todos,

Edy Brilhador (Igreja de Deus Maringá - PR)

sexta-feira, 30 de setembro de 2011

A VERDADE SOBRE OS 144 MIL

Muitas organizações religiosas têm proposto diferentes interpretações sobre o tema em questão, tentando, por várias maneiras, arrolar seus adeptos entre os 144 mil selados do Apocalipse.

Os futuristas, defensores da teoria do rapto secreto, têm dito que estes surgirão após a vinda de Jesus e serão poderosos pregadores na terra, num suposto reinado do Anticristo, de sete anos, na Terra.

Outros advogam a fé de que o selamento dos 144 mil seja um evento ainda em cumprimento nos séculos XIX e XX. Qual seria de fato a verdade?

Qual a relação das setenta semanas profetizadas por Daniel no capítulo 9 com os 144 mil?

Vejamos a seguir:


AS SETENTA SEMANASDaniel 9
22 Ele me instruiu, e falou comigo, dizendo: Daniel, vim agora para fazer-te sábio e entendido.
23 No princípio das tuas súplicas, saiu a ordem, e eu vim, para to declarar, pois és muito amado; considera, pois, a palavra e entende a visão.
24 Setenta semanas estão decretadas sobre o teu povo, e sobre a tua santa cidade, para fazer cessar a transgressão, para dar fim aos pecados, e para expiar a iniqüidade, e trazer a justiça eterna, e selar a visão e a profecia, e para ungir o santíssimo.
25 Sabe e entende: desde a saída da ordem para restaurar e para edificar Jerusalém até o ungido, o príncipe, haverá sete semanas, e sessenta e duas semanas; com praças e tranqueiras se reedificará, mas em tempos angustiosos.
26 E depois de sessenta e duas semanas será cortado o ungido, e nada lhe subsistirá; e o povo do príncipe que há de vir destruirá a cidade e o santuário, e o seu fim será com uma inundação; e até o fim haverá guerra; estão determinadas assolações.
27 E ele fará um pacto firme com muitos por uma semana; e na metade da semana fará cessar o sacrifício e a oblação; e sobre a asa das abominações virá o assolador; e até a destruição determinada, a qual será derramada sobre o assolador.

Segundo Daniel, sete semanas, e sessenta e duas semanas estão determinadas a partir da saída da ordem para restaurar e edificar a Jerusalém. Completadas as 69 semanas, então o Messias é tirado, fazendo assim cessar o sistema de expiação por sangue de animais.

Daniel falou de um período de setenta semanas que determinariam a vinda do Messias. Este tempo mede 490 anos; teria início do ano 457 AC e não poderia ser aumentado. São 70 semanas seqüenciais; ininterruptas. Abrir um parêntesis entre a 69ª e a 70ª é uma manipulação da profecia para ajustá-la aos anseios do dispensacionalismo (é uma doutrina teológica e escatológica cristã que afirma que a segunda vinda de Jesus Cristo será um acontecimento no mundo físico, envolvendo o arrebatamento e um período de sete anos de tribulação, após o qual ocorrerá a batalha do Armagedon e o estabelecimento do reino de Deus na Terra). Se for permitida esta manobra, o que impede de colocar-se outro intervalo entre a 7ª e a 8ª semana? Um exemplo bem simples: é como afirmarmos que de São Paulo a Curitiba tem 50 Km. Muito simples: seguinte essa teoria você roda 45 Km e desliga o velocímetro e ao se aproximar de Curitiba, o liga novamente e aí totalizará os 50 km. No esquema abaixo, as setenta semanas estão dispostas na maneira correta:





FATOS PREVISTOS PELA PROFECIA1) Jerusalém seria restaurada: Daniel estava preocupado e orava ao Senhor, entendendo que as assolações de Jerusalém estavam no fim, visto estarem se acabando os 70 anos de cativeiro babilônico, previsto por Jeremias (Daniel 9:1-3; Jeremias 25:11,12; 29:10; II Crônicas 36:15-21). Deus havia previsto o cativeiro de Judá sob a opressão de Nabucodonozor. Muitos jovens seriam feitos eunucos para servirem ao rei de Babilônia (II Reis 20:16-18; Daniel 1:6-8). Davi retrata o desânimo do povo (Salmo 137:1-4). Isaías revelou, de modo especial, o nome do homem que iria remover o cativeiro de Judá (150 anos antes de seu nascimento - Isaías 44:24,28; 45:1-4) e promover a reconstrução de Jerusalém: Ciro (Isaías 45:1-3,13).

2) As ruas e o muro seriam reconstruídos, mas em tempos angustiosos: Esdras nos dá detalhes dos problemas enfrentados para levar avante a reconstrução (Esdras 4, 5 e 6; Neemias 3 e 4). Pedreiros armados, ver Neemias 4:15-18.

3) O Santo dos Santos seria ungido: O Santos dos Santos, parte mais sagrado do templo, era vedado aos sacerdotes. Lá Deus se fazia presente. Somente o sumo sacerdote, uma vez ao ano, após purificação, podia ali se apresentar. Jesus ali penetrou, após um sacrifício pleno e perfeito e definitivo. Ele abriu caminho, rasgando o véu da separação, permitindo que nosso louvor chegasse ao Altíssimo. Jesus ungiu, e purificou com Seu sangue, o Santo dos Santos (Hebreus 9:1-12, 24; 10:19,20; 6:19,20; Mateus 27:51).

4) O Messias seria tirado: Se o Messias seria tirado depois das sessenta e duas semanas só existe uma semana profética em que isto podia ocorrer: a septuagésima. A palavra tirado, prova que o Messias não teria morte natural. Jesus preencheu a profecia (Isaías 53:8).

5) Extinguiria a transgressão: Ao morrer Jesus disse: "Está consumado." (João 19:30). Nenhum sacrifício futuro poderia acabar com a transgressão; ela acabou no Calvário (Hebreus 9:15; Isaías 53:5).

6) Daria fim aos pecados: Quem é o Cordeiro de Deus que tira os pecados do mundo (João 1:29; I João 3:5)? Jesus veio para salvar o Seu povo de seus pecados (Mateus 1:21; Hebreus 9:26). Sacrifícios de animais não podiam tirar pecados, mas Ele ofereceu um sacrifício para sempre (Hebreus 10:4-17). Levou sobre si nossos pecados (I Pedro 2:24; Isaías 53:6).Todos: passado, presente ou futuros, foram tirados na cruz.

7) Expiar a iniquidade: Jesus, nosso Sumo sacerdote, por Sua morte expiou os nossos pecados, nos reconciliando com Deus (Hebreus 2:17; Colossences 1:20; Tito 2:14).

8) Trazer a justiça eterna: Jesus veio para cumprir toda a justiça, é nossa justiça e por Seu sangue nos justificou com uma eterna redenção (Mateus 3:15: Romanos 5:17-21; I Cor. 1:30; I Ped. 2:24; Rom. 3:21-26; Hebreus 9:12).

9) Selar a visão e a profecia: Selar no caso diz respeito a confirmar a veracidade do profeta e da profecia (I Reis 21:8; Jeremias 32:10; João 6:27). Jesus selou a profecia, cumprindo o que nela estava escrito (Atos 3:18; João 5:39; Lucas 24:44).

10) Firmar um concerto: Jesus pelo Seu sangue estabeleceu um concerto ou pacto eterno, o novo testamento, sendo Ele nosso Mediador (Mateus 27:28; Hebreus 9:14,15; Romanos 15:8-12; Hebreus 12:24; 13:20)

11) Cessar o sacrifício e a oferta de manjares: Os sacrifícios do antigo pacto eram meramente um tipo do sacrifício final de Cristo. Após o Calvário, não resta mais sacrifícios pelos pecados (Hebreus 9:28; 10:10, 18). Embora os judeus os seguissem fazendo, nenhum valor mais tinham perante Deus. Jesus cumpriu literalmente esta palavra, morrendo numa quarta-feira e após 3,5 anos de ministério. Metade da semana de dias e de anos. O tempo da morte de Jesus estava determinado (João 7:6, 30; 17:1; Mat. 26:18, 45). Ao iniciar Seu ministério, Jesus determinou que se pregasse somente aos de Israel; o convênio era com o povo de Daniel. (João 1:31; Mateus 15:24; 10:5,6) . Mesmo após a morte e ascensão do Senhor o Evangelho ainda seguiu, por algum tempo, sendo pregado somente a Israel. Era mister se cumprir os 3,5 anos restantes e concluir-se a septuagésima semana. Após o martírio de Estevão, os cristãos se dispersaram de Jerusalém e em Cornélio encerrou o ministério exclusivo da pregação aos judeus (Atos 8:4; 11:18, 19; 13:46-48).

12) Destruição de Jerusalém e do templo: Depois de tirado o Messias Jesus, o povo de um príncipe viria para destruir Jerusalém e o santuário. Que povo e que príncipe é este e quando viriam? No ano 70 AD os exércitos romanos, sob o comando de Tito invadiram, destruíram e tomaram Jerusalém e o templo. Israel foi espalhado e só se reorganizou como nação em 1948. O concerto com o povo de Daniel foi feito por Cristo e Ele na metade da septuagésima semana, após 3,5 anos de ministério, cessou o antigo pacto, cumprindo todos os itens desta profecia. Messias, o Príncipe e o outro príncipe: O príncipe que haveria de vir com seu povo não é o mesmo Jesus. O Mestre mesmo falou da invasão e assolações causadas pelos gentios e da fuga dos judeus (Lucas 21:20-24; Mateus 24:15-20). A profecia de Daniel não fala de nenhum anticristo. Jogar a última semana para o futuro é abrir um rombo na seqüência dos 490 anos e tentar impor uma doutrina só conhecida a partir do princípio do século XIX.


SINAIS QUE IDENTIFICAM OS 144 MIL:
Que importante esclarecimento nos revela Apocalipse 7:4 e 9 quanto a identificação dos 144 mil?
R: Os versos referem-se a dois grandes agrupamentos totalmente diferentes:
- O verso 4 fala de um grupo limitado;
E ouvi o número dos assinalados, e eram cento e quarenta e quatro mil assinalados, de todas as tribos dos filhos de Israel.

- O verso 9 fala de uma grande multidão, cujo número era incontável.
Depois destas coisas olhei, e eis aqui uma multidão, a qual ninguém podia contar, de todas as nações, e tribos, e povos, e línguas, que estavam diante do trono, e perante o Cordeiro, trajando vestes brancas e com palmas nas suas mãos.

Os 144 mil são formados exclusivamente das 12 tribos de Israel. Outras nações não pertencem a Israel, ou seja, os gentios, não podem ser parte dos 144 mil. Os gentios salvos de todas as nações da terra são partes da grande multidão.

Importante: na grande multidão pode e há israelitas naturais, todavia entre os 144 mil não pode incorporar-se nenhum gentio.

Segundo a bíblia, quantos serão selecionados de cada tribo de Israel, para fazerem parte dos 144 mil?
Apocalipse 7:5-8.
Da tribo de Judá, havia doze mil assinalados; da tribo de Rúben, doze mil assinalados; da tribo de Gade, doze mil assinalados; Da tribo de Aser, doze mil assinalados; da tribo de Naftali, doze mil assinalados; da tribo de Manassés, doze mil assinalados; Da tribo de Simeão, doze mil assinalados; da tribo de Levi, doze mil assinalados; da tribo de Issacar, doze mil assinalados; Da tribo de Zebulom, doze mil assinalados; da tribo de José, doze mil assinalados; da tribo de Benjamim, doze mil assinalados.

De que forma pretende algumas organizações religiosas incorporar pessoas não israelitas, ou gentias, aos 144 mil? Que argumentam?
R: Tais entidades advogam a ideia de que os 144 mil não são apenas israelitas naturais, mas que se trata de Israel espiritual, abrindo assim espaço para os crentes gentios serem também parte destes.

Por que não aprovamos tal teoria? É certo afirmar que os crentes gentios sejam Israel espiritual?
R: Em muitas passagens bíblicas é correto o fato do crente gentio, não israelita, ser considerado como um judeu ou israelita espiritual. No entanto, onde a bíblia apresenta judeus e gentios juntos, num mesmo contexto, deve-se entender por judeus e gentios naturais.


DEUS CHAMA PRIMEIRO AOS ISRAELITAS – (PRIMÍCIAS)
A quem, segundo as instruções de Jesus, deveriam os 12 apóstolos pregar o Evangelho do Reino?
R: Somente ao povo de Israel:

Mateus 10:5-6
Jesus enviou estes doze, e lhes ordenou, dizendo: Não ireis pelo caminho dos gentios, nem entrareis em cidade de samaritanos; Mas ide antes às ovelhas perdidas da casa de Israel.

Conforme últimas orientações dadas pelo Mestre, por onde deveria começar a pregação do Evangelho?
R: Veja o relato em Lucas 24:47
E em seu nome se pregasse o arrependimento e a remissão dos pecados, em todas as nações, começando por Jerusalém.

Reconheceu Paulo este fato mais tarde?
R: Sim, vejamos alguns textos:

Romanos 1:16
Porque não me envergonho do evangelho de Cristo, pois é o poder de Deus para salvação de todo aquele que crê; primeiro do judeu, e também do grego.

Romanos 2:10
Glória, porém, e honra e paz a qualquer que pratica o bem; primeiramente ao judeu e também ao grego.

Atos 13:46
Mas Paulo e Barnabé, usando de ousadia, disseram: Era mister que a vós se vos pregasse primeiro a palavra de Deus; mas, visto que a rejeitais, e não vos julgais dignos da vida eterna, eis que nos voltamos para os gentios

Que testemunhos nos deixou o apóstolo Pedro quanto à prioridade dos judeus na recepção da mensagem redentora?
R: Vejamos Atos 3:26
Ressuscitando Deus a seu Filho Jesus, primeiro o enviou a vós, para que nisso vos abençoasse, no apartar, a cada um de vós, das vossas maldades.

Que resposta deu Jesus ao ser procurado por uma mulher gentia, durante a fase da pregação a Casa de Israel?
R: Esta mulher procurou o Mestre, rogando-lhe que a socorresse, pois sua filha estava horrivelmente endemoniada. Não estava ainda na hora dos gentios, todavia, mediante a grande humilhação desta mulher, o Senhor realizou a cura almejada.

Mateus 15:22-28
E eis que uma mulher cananéia, que saíra daquelas cercanias, clamou, dizendo: Senhor, Filho de Davi, tem misericórdia de mim, que minha filha está miseravelmente endemoninhada. Mas ele não lhe respondeu palavra. E os seus discípulos, chegando ao pé dele, rogaram-lhe, dizendo: Despede-a, que vem gritando atrás de nós. E ele, respondendo, disse: Eu não fui enviado senão às ovelhas perdidas da casa de Israel. Então chegou ela, e adorou-o, dizendo: Senhor, socorre-me! Ele, porém, respondendo, disse: Não é bom pegar no pão dos filhos e deitá-lo aos cachorrinhos. E ela disse: Sim, Senhor, mas também os cachorrinhos comem das migalhas que caem da mesa dos seus senhores. Então respondeu Jesus, e disse-lhe: Ó mulher, grande é a tua fé! Seja isso feito para contigo como tu desejas. E desde aquela hora a sua filha ficou sã.

Que significa o termo “primícias”? Pode ainda estar em curso o assinalamento dos 144 mil?
R: Por primícias, devemos entender: “primeiros frutos”. A bíblia nos prova que os primeiros frutos entre os remidos pelo sangue do Cordeiro, foram os primitivos cristãos e estes, por sua vez, eram israelitas ou judeus naturais. Ninguém, dos convertidos nestes últimos séculos, pode ser parte dos 144 mil, pois não são primícias. Os que estão ensinando que atualmente ainda são selados membros dos 144 mil estão incorrendo em grave erro, pois primícias são somente os primeiros israelitas da Igreja dos apóstolos.

Apocalipse 14:4
Estes são os que não se contaminaram com mulheres, pois são virgens. Estes são os que seguem o cordeiro para onde quer que vai. Estes são os que dentre os homens foram comprados para ser as primícias para Deus e para o Cordeiro.

CRESCE A IGREJA NA COMUNIDADE DE ISRAEL
Qual o resultado da pregação à comunidade hebraica dos dias dos apóstolos?
R: Milhares começaram a aceitar a fé. Na festa israelita que celebrava as primícias da colheita, o Pentecostes, estavam presentes pessoas de vários lugares a quem Pedro, cheio do Espirito Santo, lhes dirigiu a palavra dizendo: Varões judeus e todos os habitantes de Jerusalém... Onde lhes esclareceu que o que estava ocorrendo era o fato profético mencionado pelo profeta Joel, e desta pregação resultou o ingresso na Igreja de cerca de 3 mil novos discípulos: “Então os que lhe aceitaram a palavra foram batizados; havendo um acréscimo naquele dia de quase 3 mil pessoas”. Daí por diante a Igreja crescia constantemente:

Atos 2:47
Louvando a Deus e caindo na graça do povo. E todos os dias acrescentavao Senhor à igreja os que iam sendo salvos.

Em resposta a um subsequente discurso do apóstolo Pedro, a que número chegou à comunidade dos santos?
R: Leia Atos 4:4
Muitos, porém, dos que ouviram a palavra a aceitaram, subindo o número de homens a quase 5 mil.

Diante dos sinais e prodígios feitos pelos apóstolos entre o povo, que resultados se produziam na Igreja?
R: Atos 5:12 e 14
Muitos sinais e prodígios eram feitos entre o povo pelas mãos dos apóstolos. E estavam todos unanimemente no pórtico de Salomão. A multidão dos que criam no Senhor, tanto de homens como de mulheres crescia cada vez mais.

Que descreve o autor, ao mencionar o grande crescimento que se observava na Igreja? Tenha em mente que até então os gentios não tinham sido admitidos.
R: Atos 6:1, 7 e 9
Ora, naqueles dias, crescendo o número dos discípulos, houve uma murmuração dos helenistas contra os hebreus, porque as viúvas daqueles estavam sendo esquecidas na distribuição diária. E divulgava-se a palavra de Deus, de sorte que se multiplicava muito o número dos discípulos em Jerusalém e muitos sacerdotes obedeciam à fé.Levantaram-se, porém, alguns que eram da sinagoga chamada dos libertos, dos cireneus, dos alexandrinos, dos da Cilícia e da Ásia, e disputavam com Estêvão.

Nota: Deste ponto em diante, as portas da Igreja se abrem para os gentios convertidos. Isto não significa que nenhum israelita se convertia doravante, todavia, começaria um declínio com o endurecimento de povo de Israel, conforme a predição do apóstolo Paulo em sua carta aos Romanos capitulo 11.

O fim do selamento dos 144 mil israelitas marca o início do endurecimento de Israel, no que diz respeito à aceitação do Evangelho. Por quanto tempo este endurecimento perduraria? Como, durante este tempo, poderia um judeu sincero se achegar a Deus?
R: Ver Romanos 11:25
Porque não quero, irmãos, que ignoreis este mistério (para que não presumais de vós mesmos): que o endurecimento veio em parte sobre Israel, até que a plenitude dos gentios haja entrado.

Nota: Israel foi endurecido como nação. Nada impede que, individualmente, os judeus reconheçam a Jesus como Messias ou Cristo e ingressem na Igreja de Deus.

O surgimento da Igreja dentre o povo de Israel, significa que a Igreja seja outro povo? Seria uma nova organização totalmente desvinculada da comunidade de Israel?
R: Absolutamente não! O judaísmo dos dias de Jesus estava decadente e a mensagem do Mestre e seus apóstolos lhes trouxeram plena restauração. Note que era plano de Deus reconstruí-lo para que o caminho aos gentios pudesse ser aberto.

Atos 15:16-17
Depois disto voltarei, e reedificarei o tabernáculo de Davi, que está caído; reedificarei as suas ruínas, e tornarei a levantá-lo; para que o resto dos homens busque ao Senhor, sim, todos os gentios, sobre os quais é invocado o meu nome.

Amós 9:11-12
Naquele dia tornarei a levantar o tabernáculo de Davi, que está caído, e repararei as suas brechas, e tornarei a levantar as suas ruínas, e as reedificarei como nos dias antigos; para que eles possuam o resto de Edom, e todas as nações que são chamadas pelo meu nome, diz o Senhor, que faz estas coisas.

Em Cristo este tabernáculo foi restaurado. Assim, a Igreja não é uma nova instituição, mas a reconstrução do Judaísmo puro e a continuidade dos planos divinos que começaram em Abraão. A Igreja verdadeira foi e é a única e legítima representação de Deus e Sua Obra.

Importante: O sistema levítico ou arônico para expiação de pecados, bem como a lei mosaica relacionada a este, chegou ao fim com o sacrifício real e definitivo de Jesus, o verdadeiro Cordeiro que tiraria o pecado do mundo. O sacerdócio que passou a vigorar a partir da cruz é o de Melquisedeque, no qual Jesus foi constituído Sumo Sacerdote. Daí por diante, mesmo que os judeus prosseguissem sacrificando animais, estes sacrifícios já não tinham mais nenhum efeito no plano da Salvação. A sombra, o típico, já estava extinto, dando lugar ao real. Na vinda de Jesus como Rei os olhos dos judeus naturais se abrirão e, ao receberem o grande Rei e Messias em Jerusalém, num momento de grande aflição, reconhecerão que se trata do próprio Jesus a quem rejeitaram durante todos estes séculos.

Qual era a situação dos gentios antes do surgimento da Igreja?
R: Efésios 2:11-12
Portanto, lembrai-vos de que vós noutro tempo éreis gentios na carne, e chamados incircuncisão pelos que na carne se chamam circuncisão feita pela mão dos homens. Que naquele tempo estáveis sem Cristo, separados da comunidade de Israel, e estranhos aos concertos da promessa, não tendo esperança e sem Deus no mundo.

Note que os gentios, também chamados por incircuncisos (pois não eram circuncidados) se achavam totalmente fora dos planos divinos, sem Deus, sem esperança, sem direito as promessas feitas a Abraão e a seus descendentes e, sobretudo, separados da comunidade de Israel. Ora, se antes estes estavam separados da comunidade de Israel, fica evidente que Israel sempre foi e sempre será o canal utilizado por Deus para salvar e executar Seus planos e promessas. Ademais vejam que em Cristo e consequentemente, na Igreja, os gentios são incorporados na comunidade israelita. Desta forma, podemos concluir que a Igreja não é uma comunidade estranha a Israel, mas que é o verdadeiro Israel de Deus.

Gálatas 3:29
E, se sois de Cristo, então sois descendência de Abraão e herdeiros conforme a promessa.

Efésios 2:13
Mas agora, em CRISTO JESUS, vós, que antes estáveis longe, já pelo sangue de CRISTO chegastes perto.

Que podemos dizer do Israel natural, que rejeitou a Jesus como o Messias prometido e que prossegue indiferente a fé cristã? Estaria este, cumprindo algum propósito divino?
R: Com o fim do selamento dos 144 mil, veio um endurecimento sobre Israel como nação, de forma que, doravante, poucos, dentre os judeus, prosseguiram recebendo o Messias. Este endurecimento não significa uma rejeição plena e definitiva da nação como povo de Deus. Este processo de endurecimento é transitório e encerrará por ocasião da vinda gloriosa de Jesus, para o estabelecimento do Reino Milenar na Terra.

Este endurecimento dos judeus abriu o espaço necessário para que as nações gentias pudessem ter acesso à salvação e serviu para enciumar a Israel. Assim que vivemos ainda o “Tempo dos Gentios” que se encerrará na segunda vinda de Cristo. Aí então se dará a conversão do restante da nação de Israel e este será readmitido e tomará parte do Reino Milenar.

Romanos 11:1, 7, 8, 11, 25 e 26
Pergunto, pois: Acaso rejeitou Deus ao seu povo? De modo nenhum; por que eu também sou israelita, da descendência de Abraão, da tribo de Benjamim. Pois quê? O que Israel busca, isso não o alcançou; mas os eleitos alcançaram; e os outros foram endurecidos, como está escrito: Deus lhes deu um espírito entorpecido, olhos para não verem, e ouvidos para não ouvirem, até o dia de hoje. Logo, pergunto: Porventura tropeçaram de modo que caíssem? De maneira nenhuma, antes pelo seu tropeço veio a salvação aos gentios, para os incitar à emulação. Porque não quero, irmãos, que ignoreis este mistério (para que não presumais de vós mesmos): que o endurecimento veio em parte sobre Israel, até que a plenitude dos gentios haja entrado; e assim todo o Israel será salvo, como está escrito: Virá de Sião o Libertador, e desviará de Jacó as impiedades.

Romanos 9:27
Também Isaías exclama acerca de Israel: Ainda que o número dos filhos de Israel seja como a areia do mar, o remanescente é que será salvo.

Onde e com que fato podemos provar o ingresso dos gentios na Igreja apostólica? Começaria ai então a grande multidão ou o outro grupo visto por João?
R: Sim, a grande multidão começou com o ingresso dos gentios. Conforme já mencionado, Deus planejou a reedificação e o estabelecimento da Igreja que possibilitaria o ingresso dos gentios convertidos à comunidade de Israel. Outras citações bíblicas confirmam este propósito de Deus:

Rom. 9:25
Como também diz em Oséias: Chamarei meu povo ao que não era meu povo; e amada a que não era amada.

1 Pedro 2:10
Vós que outrora nem éreis povo, e agora sois de Deus; vós que não tínheis alcançado misericórdia, e agora a tendes alcançado.

Como o centurião Cornélio e os seus, os gentios convertidos passaram a ser participantes da Igreja, mas não como estrangeiros, mas como membros da família de Deus:

Atos 10:35
Mas que lhe é agradável aquele que, em qualquer nação, o teme e obra o que é justo.

Atos 11:18
Ouvindo eles estas coisas, apaziguaram-se e glorificaram a Deus, dizendo: Assim, pois, Deus concedeu também aos gentios o arrependimento para a vida.

Efésios 2:19,20
Assim, pois, não sois mais estrangeiros, nem forasteiros, antes sois concidadãos dos santos e membros da família de Deus, edificados sobre o fundamento dos apóstolos e dos profetas, sendo o próprio CRISTO JESUS a principal pedra da esquina.

A rebeldia e o consequente endurecimento de Israel como nação se deu principalmente pela rejeição a Cristo como Messias. Assim sendo, o que Jesus foi para os Judeus?
R: Uma pedra de tropeço:

1 Pedro 2:6-8
Pelo que na Escritura se contém: Eis que ponho em Sião a pedra principal da esquina, eleita e preciosa; e quem nela crer não será confundido. E assim para vós, os que credes, é preciosa, mas para os rebeldes, a pedra que os edificadores reprovaram essa foi a principal da esquina. E uma pedra de tropeço e rocha de escândalo, para aqueles que tropeçam na palavra, sendo desobedientes; para i que também foram destinados.

Romanos 9:31-33
Mas Israel, que buscava a lei da justiça, não chegou a lei da justiça. Por quê? Porque não foi pela fé, mas como que pelas obras a lei: tropeçaram na pedra de tropeço; como está escrito: Eis que eu ponho em Sião uma pedra de tropeço, e uma rocha de escândalo; e todo aquele que crer nela não será confundido.

Salmo 118:22
A pedra que os edificadores rejeitaram, essa foi posta como pedra angular.

Isaías 28:16
Portanto assim diz o Senhor Deus: Eis que ponho em Sião como alicerce uma pedra, uma pedra provada, pedra preciosa de esquina, de firme fundamento; aquele que crer não se apressará.

1 Coríntios 1:23-24
Mas nós pregamos a Cristo crucificado, que é escândalo para os judeus e loucura para os gregos. Mas para os que são chamados, tanto judeus como gregos, lhes pregamos a Cristo, poder de Deus e sabedoria de Deus.

Haverá ainda, futuramente, alguma chance para Israel como nação? Caso positivo, quando isto sucederia e com que sinal?
R: Sim. Ao se cumprir o tempo dos gentios, tempo que já atinge mais de 20 séculos, Jesus virá. O mundo será palco da grande e terrível batalha chamada Armagedom e Jerusalém será duramente atingida. Após a ressurreição dos santos e a transformação dos vivos, eles serão ajuntados nas nuvens, se encontrarão com Jesus e daí descerão sobre o Monte das Oliveiras, defronte de Jerusalém. O restante da nação de Israel será salvo e chorará amargamente ao constatar que seu Salvador e Messias é o próprio Jesus que eles rejeitaram ao longo destes séculos. O Senhor lhes dará um coração novo e os servirão como missionários entre os restantes das nações sobreviventes da batalha final.

Romanos 11:25-27
Porque não quero, irmãos, que ignoreis este mistério (para que não presumais de vós mesmos): que o endurecimento veio em parte sobre Israel, até que a plenitude dos gentios haja entrado; e assim todo o Israel será salvo, como está escrito: Virá de Sião o Libertador, e desviará de Jacó as impiedades; e este será o meu pacto com eles, quando eu tirar os seus pecados.

1 Tessalonicense 4:15-17
Dizemo-vos, pois, isto pela palavra do Senhor: que nós, os que ficarmos vivos para a vinda do Senhor, de modo algum precederemos os que já dormem. Porque o Senhor mesmo descerá do céu com grande brado, à voz do arcanjo, ao som da trombeta de Deus, e os que morreram em CRISTO ressuscitarão primeiro. Depois nós, os que ficarmos vivos seremos arrebatados juntamente com eles, nas nuvens, ao encontro do Senhor nos ares, e assim estaremos para sempre com o Senhor.

Mateus 24:30-31
Então aparecerá no céu o sinal do Filho do homem, e todas as tribos da terra se lamentarão, e verão vir o Filho do homem sobre as nuvens do céu, com poder e grande glória. E ele enviará os seus anjos com grande clangor de trombeta, os quais lhe ajuntarão os escolhidos desde os quatro ventos, de uma à outra extremidade dos céus.

Zacarias 14:2-4
Pois eu ajuntarei todas as nações para a peleja contra Jerusalém; e a cidade será tomada, e as casas serão saqueadas, e as mulheres forçadas; e metade da cidade sairá para o cativeiro, mas o resto do povo não será exterminado da cidade. Então o Senhor sairá, e pelejará contra estas nações, como quando peleja no dia da batalha. Naquele dia estarão os seus pés sobre o monte das Oliveiras, que está defronte de Jerusalém para o oriente; se o monte das Oliveiras será fendido pelo meio, do oriente para o ocidente e haverá um vale muito grande; e metade do monte se removerá para o norte, e a outra metade dele para o sul.

Zacarias 12:9-14
E naquele dia, tratarei de destruir todas as nações que vierem contra Jerusalém. Mas sobre a casa de Davi, e sobre os habitantes de Jerusalém, derramarei o espírito de graça e de súplicas; e olharão para aquele a quem traspassaram, e o prantearão como quem pranteia por seu filho único; e chorarão amargamente por ele, como se chora pelo primogênito. Naquele dia será grande o pranto em Jerusalém, como o pranto de Hadade-Rimom no vale de Megido. E a terra pranteará, cada família à parte: a família da casa de Davi à parte, e suas mulheres à parte; e a família da casa de Natã à parte, e suas mulheres à parte; a família da casa de Levi à parte, e suas mulheres à parte; a família de Simei à parte, e suas mulheres à parte; cada família à parte, e suas mulheres à parte.

Zacarias 8:22-23
Assim virão muitos povos, e poderosas nações, buscar em Jerusalém o Senhor dos exércitos, e suplicar a bênção do Senhor. Assim diz o Senhor dos exércitos: Naquele dia sucederá que dez homens, de nações de todas as línguas, pegarão na orla das vestes de um judeu, dizendo: Iremos convosco, porque temos ouvido que Deus está convosco.

Salmo 86:9
Todas as nações que fizeste virão e se prostrarão diante de ti, Senhor, e glorificarão o teu nome.

QUANDO SE DEU O ASSINALAMENTO DOS 144 MIL?Pelo que estudamos até agora, já ficou evidenciado que os 144 mil foram assinalados no princípio da Igreja apostólica. No entanto, o texto abaixo nos dá mais uma prova:

Apocalipse 7:1-4
Depois disto vi quatro anjos em pé nos quatro cantos da terra, retendo os quatro ventos da terra, para que nenhum vento soprasse sobre a terra, nem sobre o mar, nem contra árvore alguma. E vi outro anjo subir do lado do sol nascente, tendo o selo do Deus vivo; e clamou com grande voz aos quatro anjos, quem fora dado que danificassem a terra e o mar, dizendo: Não danifiques a terra, nem o mar, nem as árvores, até que selemos na sua fronte os servos do nosso Deus. E ouvi o número dos que foram assinalados com o selo, cento e quarenta e quatro mil de todas as tribos dos filhos de Israel.

Que representavam ventos em linguagem profética?
R: Representam as guerras, distúrbios políticos entre nações, etc.

Daniel 7:2
Falou Daniel, e disse: Eu estava olhando, numa visão noturna, e eis que os quatro ventos do céu agitavam o Mar Grande.

Jeremias 25:32
Assim diz o Senhor dos exércitos: Eis que o mal passa de nação para nação, e grande tempestade se levantará dos confins da terra.

Nota: Reter os ventos significa impedir guerras. A época do assinalamento foi um tempo de paz. Está é mais uma prova de que o assinalamento dos 144 mil se deu dentro da era da Igreja primitiva.

Durante o reinado do Augusto César o templo de Júpiter (sempre aberto durante as guerras e fechado em tempos de paz) foi fechado, o que significa que Roma estava então, em paz com todos os seus domínios:
Este templo “esteve fechado somente 3 vezes ao longo de 700 anos” (Enciclopédia Americana).

Foi precisamente durante o reinado de Augusto César, que Cristo nasceu. (Luc. 2:1-Naqueles dias saiu um decreto da parte de César Augusto, para que todo o mundo fosse recenseado).

Neste tempo, o supremo domínio dos césares já havia levado a paz a todo o mundo:
Dentro daquelas fronteiras (romanas) haviam prevalecido grandes bênçãos da autoridade romana, “A Paz Romana...” Não se pode contestar que, pelo menos durante 2 séculos, o total desta extensa região desfrutou de um reinado de paz e segurança, tal como nunca havia sido antes e nunca havia sido desde então... Nos caminhos você podia viajar de Jerusalém a Roma, ou de Roma a Cádiz, sem temer o inimigo... (Vida en el mundo romano, de Néron e San Pablo, pg. 9 e 10, por T.GA Turcker).

Que prova bíblica ainda temos de que havia paz naquela época?
R: Ver Atos 9:31
Assim, pois, a igreja em toda a Judéia, Galiléia e Samária, tinha paz, sendo edificada, e andando no temor do Senhor; e, pelo auxílio do Espírito Santo, se multiplicava.

Como podem alguns movimentos religiosos atuais pretender que até hoje ainda estejam sendo selados os 144 mil? Poderiam eles provar, que durante o assinalamento de seus adeptos em todos os tempos, não estavam ocorrendo guerras na Terra?
R: Tenha em mente que nenhum dos 144 mil seria selado em tempos de guerra na terra, pois os 4 anjos retinham os 4 ventos nesta fase de seleção.

OS 144 MIL NÃO SE CONTAMINARAM COM MULHERESMulher, em profecia, que representa?
R: Representa a Igreja verdadeira; a igreja romana ou Babilônia ou ainda movimentos religiosos.

Apocalipse 2:20
Mas tenho contra ti que toleras a mulher Jezabel, que se diz profetisa; ela ensina e seduz os meus servos a se prostituírem e a comerem das coisas sacrificadas a ídolos;

Apocalipse 12:1,2,6,14
E viu-se um grande sinal no céu: uma mulher vestida do sol, tendo a lua debaixo dos seus pés, e uma coroa de doze estrelas sobre a sua cabeça. E estando grávida, gritava com as dores do parto, sofrendo tormentos para dar à luz. E a mulher fugiu para o deserto, onde já tinha lugar preparado por Deus, para que ali fosse alimentada durante mil duzentos e sessenta dias. E foram dadas à mulher as duas asas da grande águia, para que voasse para o deserto, ao seu lugar, onde é sustentada por um tempo, e tempos, e metade de um tempo, fora da vista da serpente.

Apocalipse 17:1-6
Veio um dos sete anjos que tinham as sete taças, e falou comigo, dizendo: Vem, mostrar-te-ei a condenação da grande prostituta que está assentada sobre muitas águas; com a qual se prostituíram os reis da terra; e os que habitam sobre a terra se embriagaram com o vinho da sua prostituição. Então ele me levou em espírito a um deserto; e vi uma mulher montada numa besta cor de escarlata, que estava cheia de nomes de blasfêmia, e que tinha sete cabeças e dez chifres. A mulher estava vestida de púrpura e de escarlata, e adornada de ouro, pedras preciosas e pérolas; e tinha na mão um cálice de ouro, cheio das abominações, e da imundícia da prostituição; e na sua fronte estava escrito um nome simbólico: A grande Babilônia, a mãe das prostituições e das abominações da terra. E vi que a mulher estava embriagada com o sangue dos santos e com o sangue dos mártires de JESUS. Quando a vi, maravilhei-me com grande admiração.

Que nos é dito, quanto à pureza dos 144 mil?
R: A palavra nos diz que estes são virgens.

Apocalipse 14:4
Estes são os que não se contaminaram com mulheres; porque são virgens. Estes são os que seguem o Cordeiro para onde quer que vá. Estes foram comprados dentre os homens para serem as primícias para Deus e para o Cordeiro.

Ora, se mulheres representam religiões, conforme vimos, como podem algumas organizações religiosas pretendem que seus recentes movimentos (que se originaram no século XIX) tenham membros participantes dos 144 mil? Porventura seus membros não vieram de outras religiões? Se vieram, não podem ser considerados virgens, pois já se contaminaram com religiões (mulheres, espiritualmente).

Como entendemos que os primeiros crentes israelitas também não se contaminaram com mulheres?
R: Os israelitas selados, sim, não se contaminaram com mulheres (religiões), pois sempre serviram ao verdadeiro Deus no judaísmo.

ISRAEL ESPIRITUAL?
Outro argumento que usam para, mesmo sendo gentios, se colocarem entre os 144 mil, é de que a profecia se refere a Israel espiritual. Para refutar este engano, basta ter em mente que dois grupos, os 144 mil e a grande multidão, estão bem distintos da profecia:

Os 144 mil são:
Doze tribos de Israel
Um número fixo, limitado
Primícias entre os remidos
Virgens. Sua fé era o judaísmo
Selados em tempo de paz

A grande multidão é:
De todas as nações
Incontável
Salvos posteriormente
Ex-participante de religiões
Salvos em qualquer tempo

Que resulta a tentativa de querer dizer dos 144 mil se tratar de Israel espiritual?
R: Quando a bíblia distingue judeu de gentio, mostrando-os de forma comparativa, não se pode “espiritualizar” a nenhum dos dois. Neste caso, judeu é judeu natural e gentio também é gentio natural. O entendimento tem que ser literal. Caso contrário, terão que explicar, não apenas o que vem a ser judeu espiritual, mas o que é um gentio espiritual! Vejamos exemplos onde, por serem apresentados juntos e comparativamente, os termos tem que ser entendidos literalmente:

Atos 13:45-46
Mas os judeus, vendo as multidões, encheram-se de inveja e, blasfemando, contradiziam o que Paulo falava. Então Paulo e Barnabé, falando ousadamente, disseram: Era mister que a vós se pregasse em primeiro lugar a palavra de Deus; mas, visto que a rejeitais, e não vos julgais dignos da vida eterna, eis que nos viramos para os gentios;

Romanos 1:16
Porque não me envergonho do evangelho, pois é o poder de Deus para salvação de todo aquele que crê; primeiro do judeu, e também do grego.

O caso dos 144 mil e da grande multidão, que também são grupos distintos, igualmente não podem ser interpretados espiritualmente. Dizer que os 144 mil sejam gentios crentes significa anular as distintas posições dos dois grupos.

Há casos em que os gentios podem ser entendidos como judeus espirituais, conforme no exemplo abaixo:

Gálatas 3:29
E, se sois de CRISTO, então sois descendência de Abraão, e herdeiros conforme a promessa.

Romanos 2:28-29
Porque não é judeu o que o é exteriormente, nem é circuncisão a que o é exteriormente na carne. Mas é judeu aquele que o é interiormente, e circuncisão é a do coração, no espírito, e não na letra; cujo louvor não provém dos homens, mas de Deus.

Gálatas 4:26-28
Mas a Jerusalém que é de cima é livre; a qual é nossa mãe. Pois está escrito: Alegra-te, estéril, que não dás à luz; esforça-te e clama, tu que não estás de parto; porque mais são os filhos da desolada do que os da que tem marido. Ora vós, irmãos, sois filhos da promessa, como Isaque. Mas, como naquele tempo o que nasceu segundo a carne perseguia ao que nasceu segundo o Espírito, assim é também agora.

Alguém pode querer afirmar que os crentes gentios contaminados por mulheres (religiões) foram purificados pelo sangue de Cristo e, portanto podiam ser contados como virgens.

De modo algum!

Veja que ao comparar os dois grupos, a profecia é clara que os 144 mil não se contaminaram, o que equivale dizer que os da grande multidão tiveram este envolvimento, antes da sua remissão e que por isso não são contados com eles.

Os textos ainda esclarece, que ambos os grupos foram remidos, lavados pelo sangue do Cordeiro.

Apocalipse 7: 9, 13 e 14
Depois destas coisas olhei, e eis uma grande multidão, que ninguém podia contar, de todas as nações, tribos, povos e línguas, que estavam em pé diante do trono e em presença do Cordeiro, trajando compridas vestes brancas, e com palmas nas mãos; E um dos anciãos me perguntou: Estes que trajam as compridas vestes brancas, quem são eles e donde vieram? Respondi-lhe: Meu Senhor, tu sabes. Disse-me ele: Estes são os que vêm da grande tribulação, e levaram as suas vestes e as branquearam no sangue do Cordeiro.

Apocalipse 14:1-3
E olhei, e eis o Cordeiro em pé sobre o Monte Sião, e com ele cento e quarenta e quatro mil, que traziam na fronte escrito o nome dele e o nome de seu Pai. E ouvi uma voz do céu, como a voz de muitas águas, e como a voz de um grande trovão e a voz que ouvi era como de harpistas, que tocavam as suas harpas. E cantavam um cântico novo diante do trono, e diante dos quatro seres viventes e dos anciãos; e ninguém podia aprender aquele cântico, senão os cento e quarenta e quatro mil, aqueles que foram comprados da terra.


NOVO CÂNTICO
Apocalipse 14:3
E cantavam um como cântico novo diante do trono, e diante dos quatro animais e dos anciãos; e ninguém podia aprender aquele cântico, senão os cento e quarenta e quatro mil que foram comprados da terra.

Fica muito claro neste texto que refere-se ao fato de que os judeus já conheciam os ensinos de Moisés, agora precisavam aceitar os ensinos de Cristo (novo cântico).

Apocalipse 15:2-3
E vi um como mar de vidro misturado com fogo; e também os que saíram vitoriosos da besta, e da sua imagem, e do seu sinal, e do número do seu nome, que estavam junto ao mar de vidro, e tinham as harpas de Deus. E cantavam o cântico de Moisés, servo de Deus, e o cântico do Cordeiro, dizendo: Grandes e maravilhosas são as tuas obras, Senhor Deus Todo-Poderoso! Justos e verdadeiros são os teus caminhos, ó Rei dos santos.

Outra situação que fica evidenciada é o fato de que os gentios não conheciam nem os ensinos de Moisés e nem o de Jesus. Por isso precisavam aprender a cantar os dois cânticos.

Apocalipse 5:9
E cantavam um novo cântico, dizendo: Digno és de tomar o livro, e de abrir os seus selos; porque foste morto, e com o teu sangue compraste para Deus homens de toda a tribo, e língua, e povo, e nação;

Outra referencia ao povo redimido por Jesus que proclama a justiça de Deus.

Salmos 40:3
E pôs um novo cântico na minha boca, um hino ao nosso Deus; muitos o verão, e temerão, e confiarão no SENHOR.

Referencia ao novo ensino de Jesus, a verdadeira maneira dos homens se achegarem a Deus.

Isaías 42:9-10
Eis que as primeiras coisas já se cumpriram, e as novas eu vos anuncio, e, antes que venham à luz, vo-las faço ouvir. Cantai ao SENHOR um cântico novo, e o seu louvor desde a extremidade da terra; vós os que navegais pelo mar, e tudo quanto há nele; vós, ilhas, e seus habitantes.

A profecia que fala de algo que envelhecia (antigo pacto) e o novo que surgiria (novo pacto). Esta profecia mostra que o sistema da salvação antigo seria mudado por um novo sistema, e Deus já estava avisando.

Hebreus 8:8-10
Porque, repreendendo-os, lhes diz: Eis que virão dias, diz o Senhor, Em que com a casa de Israel e com a casa de Judá estabelecerei uma nova aliança, Não segundo a aliança que fiz com seus pais No dia em que os tomei pela mão, para os tirar da terra do Egito; Como não permaneceram naquela minha aliança, Eu para eles não atentei, diz o Senhor. Porque esta é a aliança que depois daqueles dias Farei com a casa de Israel, diz o Senhor; Porei as minhas leis no seu entendimento, E em seu coração as escreverei; E eu lhes serei por Deus, E eles me serão por povo.

Muito curioso os textos acima: fica evidenciado de que o CÂNTICO NOVO é uma clara alusão à instauração da nova aliança na pessoa do nosso Senhor Jesus Cristo.

Em suma,

1) O novo cântico é uma figura para a nova aliança;
2) A primeira aliança (cântico de Moisés) tinha um tempo determinado para acabar, conforme a profecia de Daniel;
3) O novo cântico (de Jesus) começou a ser cantado dentro do período das 70 semanas, portanto, somente judeus podiam cantá-lo;
4) Depois de completado as 70 semanas, então, os gentios começaram a cantar tanto um como o outro cântico.

Paz seja com todos.



Original: The 144,000 – Bible Advocat Press.

sexta-feira, 12 de março de 2010

O ANDAR CRISTÃO

A Bíblia descreve a religião Cristã como o caminho (Mateus 7:14; João 14:6; Atos 9:2; 19:23; 22:4; 24:14, 22), e figura o Cristão como quem anda no caminho. O andar Cristão em: “novidade de vida” (Romanos 6:4), “não após a carne, mas após o Espírito” (Romanos 8:4), “honesto, como de dia” (Romanos 13:13), “por fé, não por vista” (II Coríntios 5:7), “no Espírito” (Gálatas 5:16, 25), “em boas obras” (Efésios 2:10), “digno da vocação em que fostes chamados” (Efésios 4:1), “em amor” (Efésios 5:2), “como filhos da luz” (Efésios 5:8), “dignos do Senhor” (Colossenses 1:10), ”nEle” (Colossenses 2:6), “dignos de Deus” (I Tessalonissenses 2:12), “agradáveis a Deus” (I Tessalonissenses 4:1), “na Iuz” (I João 1:7), “como Ele andou” (I João 2:6), “na verdade” (II João 4), e com Cristo “de veste branca” (Apocalipse 3:4).

O andar Cristão está baseado em sua relação com Cristo. “Se vivemos em Espírito, andemos em Espírito” (Gálatas 5:25). O crente anda “num caminho estreito” e mantém boas obras pela graça de Deus e o poder de Cristo. O Cristão não pode andar pelas próprias forças. Pelo sacrifício de Cristo, o crente pode permanecer diante de Deus em solo santo. Através do poder de Cristo, ele está apto para andar sobre este solo santo. A posição refere-se à postura legal do crente diante de Deus. O andar refere-se à suas atividades e conduta. O andar cristão inclui atividades como oração, estudo bíblico, o vencer tentações, presença na Igreja, ser um bom cidadão, sendo um estranho e peregrino, testemunhando para Cristo, etc. Entretanto, uma pessoa não é um Cristão por simplesmente orar, ler a Bíblia, ir à Igreja, e ser um bom cidadão. Uma pessoa é um Cristão porque está relacionado com Deus através Cristo de uma forma adequada. Embora ore, leia a Bíblia, e vá aos cultos na igreja, não se é um Cristão a menos que se tenha uma relação redentiva com Deus através do sacrifício de Cristo. Os vários fatores inclusos no andar Cristão deveriam ser vistos partindo da vital relação do Cristão com Cristo. A conversão é o processo mediante o qual o crente estabelece contato com seu glorioso Senhor. O viver Cristão é o resultado normal do funcionamento deste relacionamento. Jesus disse: “Sem mim nada podeis fazer” (João 15:5).

Os Cristãos vivem em justiça e são cautelosos em manter boas obras não para que possam ser redimidos, mas porque eles são redimidos. Eles fazem o bem não para que possam ser justificados, mas porque foram justificados. Eles andam no caminho Cristão não para que possam permanecer em solo santo, mas porque já estão em solo santo. As obras de Deus não são o preço para adquirir a salvação; elas são as ofertas de gratidão. Nós amamos a Deus porque primeiro Ele nos amou. Nós vivemos para Ele porque nós temos experimentado Sua graça e misericórdia. O que Cristo fez por nós, se faz a influência motivadora para que façamos o que devemos por Cristo. Os primeiros três capítulos de Efésios nos conta o que Cristo fez por nós; os últimos três capítulos diz o que devemos fazer por Ele. A primeira metade fala da postura do crente e como se coloca sobre Cristo; a última metade fala do andar e combate do crente em Cristo. Colocar-se e assentar são posições inativas, o andar e combater denota movimento de atividade muscular. As duas seções de Efésios estão interligadas pela conjunção, “portanto,” em Efésios 4:1. “Eu portanto, o prisioneiro do Senhor, vos rogo que andeis como é digno de vossa vocação com que fostes chamados.” O que deveríamos fazer por Cristo está baseado no que Ele tem feito por nós. A postura do crente em solo santo diante de Deus é a base para o novo andar. Agradando a Deus e mostrando consideração pela salvação, são motivos do andar Cristão. Cedendo ao senhorio de Cristo e Seu poder que habita interiormente, é um método de encontrar este andar. Seguir as instruções de Cristo e andar com Ele, constitui a maneira do andar Cristão.

O andar Cristão inclui toda área da vida. “Jesus cresceu em sabedoria e estatura, e na graça de Deus e do homem” (Lucas 2:52). O crescimento de nosso Senhor era mental (sabedoria), físico (estatura), espiritual (graça de Deus), e social (favor do homem). O crente também deveria experimentar quatro formas de crescimento. O filho de Deus deveria ser como Cristo em cada área e relação de sua vida.

1. Relacionamento com Deus. O relacionamento Cristão com Deus inclui os importantes fatores de adoração, oração, estudo Bíblico, amor por Deus, confiança, obediência, e humildade.

2. Relacionamento consigo. Como anda no caminho Cristão, o crente se vê como um filho de Deus. Ele pertence a Deus; pois busca glorificar a Deus em seu corpo e mente (I Coríntios 6:19, 10). Ele dá a seu corpo, os cuidados apropriados de alimentação, descanso, exercício, e higiene. Como um filho de Deus, ele tem respeito próprio. Ele busca desenvolver sua mente e personalidade e busca usar o seu tempo, talentos e posses de uma maneira correta.

3. Relação para com o pecado. No andar Cristão, o crente enfrenta provações. A tentação não é o pecado em si. A tentação se torna pecado quando alguém cede a ela. O crente pode vencer a tentação tendo sua mente e coração cheios da palavra de Deus, dependendo do poder vitorioso de Cristo, e coroando a tentação com as obras de justiça. O crente deveria confessar seus próprios pecados e perdoar o pecado dos outros. Os pecados dos Cristãos são perdoados pelo sangue de Jesus Cristo, o Advogado (I João 2:1, 2). A responsabilidade do Cristão está em confessar os seus pecados a Deus e aceitar o Seu perdão (I João 1:7-9).

4. A palavra. Cristãos não são participantes das obras do mundo (João 15:19 e 17:16). O mundo está crucificado para eles (Gálatas 6:14). Eles “amam”, não o mundo, nem as coisas que no mundo há” (I João 2:15: João 8:23; Romanos 12:2; Efésios 2:2, 12; 5:11; Filipenses 3:19, 20; Colossenses 3:2; Tiago 1:27; 4:4; I João 2:15-17; 4:4, 5, 19). “Pelo que saí do meio deles, e apartai-vos, diz o Senhor; e não toqueis nada imundo, e eu vos receberei; e eu serei para vós Pai, e vós sereis para mim Tilhos e filhas, diz o Senhor Todo-poderoso” (II Coríntios 6:17, 18). Os Cristãos são estranhos e peregrinos no mundo (I Pedro 2:11; Hebreus 11:13-16). Os Cristãos são odiados pelo mundo e perseguidos por ele (João 15:18-20; 16:33; 17:14-16; I João 3:13; 4:4-6).

5. A massa da humanidade. O Cristão, em relação à massa da humanidade, busca “fazer o bem a todos os homens” (Gálatas 6:10). Ele se torna o canal através de quem Cristo pode mostrar o Seu amor pela humanidade. O filho de Deus busca aliviar o sofrimento, a fome, a ignorância, e a solidão que experimenta a humanidade. Ele tem compaixão pelo perdido. Ele se faz um evangelista pessoal, uma testemunha para o evangelho. Ele obedece o mandamento do Senhor, “Ide por todo o mundo, e pregai o evangelho a toda criatura” (Marcos 16:15). O Cristão é o “sal da terra” (Mateus 5:13), e a “luz do mundo”(Mateus 5:14-16; Filipenses 2:15, 16; I Pedro 2:9). Ele é uma “epístola viva” lida pelos homens (II Coríntios 3:2, 3), um embaixador de Cristo (II Coríntios 5: 20).

6. Governos Terrenos. Nosso Senhor fez separação entre igreja e estado quando disse, “Dai a César o que é de César, e a Deus o que é de Deus (Mateus 22:21). O Cristão será um bom cidadão, pagará seus impostos, e orará por aqueles que estão em autoridade (Romanos 13:1-7; Tito 3:1; I Pedro 2:13-15). “Admoesto-te, pois, antes de tudo, que se façam deprecações, orações, intercessões e ações de graças por todos os homens, pelos reis e por todos os que estão em eminência, para que tenhamos uma vida quieta e sossegada, em toda a piedade e honestidade” (I Timóteo 2:1, 2). Quando as leis de Deus entram em conflito com as instruções de Deus, o Cristão deve obedecer Deus mais que aos homens e até mesmo morrer por Cristo. (Atos 4:19; 5:29).

7. O lar Cristão. Em relação à sua família, o crente que tem o andar Cristão, buscará manter um lar Cristão. Cristo será exaltado como o cabeça do lar. Os ensinos da Bíblia determinarão a base e natureza da vida familiar. Adoração, oração e estudo Bíblico, ocuparão um importante lugar dentro do lar. “Venerado entre tudo seja o matrimônio, e o leito sem mácula...”(Hebreus 13:4). O estado de solteiro, contraria o ensino Romano, não é superior ao estado de casado. Paulo advertiu que “... nos últimos tempos, apostatarão alguns da fé, dando ouvidos a espíritos enganadores e a doutrinas de demônios, pela hipocrisia de homens que falam mentiras, tendo cauterizada a sua própria consciência, proibindo o casamento e ordenando a abstinência dos manjares...” (I Timóteo 4:1-3). Aquele que está casado pode obter um degrau de espiritualidade maior do que o que está solteiro. Sexo, como expresso no casamento, não é pecaminoso; mas é permitido por Deus. Ele é um meio de expressar verdadeiro amor entre esposa e marido. Em andando conforme o caminho Cristão, cada membro da família seguirá as instruções dadas na Bíblia concernentes a ele próprio. A Bíblia dá instruções para os maridos (I Pedro 3:7; Colossenses 3:19; Efésios 5:25, 28-33; I Coríntios 11:3; 7:3-6), para as esposas (I Pedro 3:1-6; Colossenses 3:18; Efésios 5:22-24; Tito 2:4, 5; I Coríntios 7:3-6; 11:7-12), para os pais (Efésios 6:4; Colossenses 3:21; I Tessanolissenses 2:11; I Timóteo 5:8; Lucas 11:11-13; II Coríntios 12:14; Provérbios 13:24; 22:6; 29:15; I Timóteo 3:4, 5, 12, Tito 1:6; Hebreus 12:7; Salmo 103:13), e para os filhos (Efésios 6;1-3; Colossenses 3:20; Eclesiastes 12:1).

8. Cristão companheiro. Os Cristãos encorajarão, exortarão e serão exemplos uns para com os outros (I Timóteo 4: 12), Eles amarão uns aos outros (João 15:12; I João 3:14). Eles perdoarão uns aos outros (Efésios 4:32). Eles carregarão a carga uns dos outros (Gálatas 6:1-5) “...se há algum conforto em Cristo, se alguma consolação de amor, se alguma comunhão no Espírito, se alguns entranháveis afetos e compaixões, completai o meu gozo, para que sintais o mesmo, tendo o mesmo amor, o mesmo ânimo, sentindo uma mesma coisa. Nada façais por contenda ou por vanglória, mas por humildade; cada um considere os outros superiores a si mesmo. Não atente cada um para o que é propriamente seu, mas cada qual também para o que é dos outros”(Filipenses 2:1-4). Os crentes se reconhecerão como membros de um corpo (Romanos 12:3-13; I Coríntios 12:12-27) “com toda a humildade e mansidão, com longanimidade, suportando-vos uns aos outros em amor, procurando guardar a unidade do Espírito pelo vínculo da paz” (Efésios 4:2, 3).

9. A Igreja. O crente que mantém o andar Cristão, freqüentará os trabalhos da igreja regularmente. “Não deixando de congregar, como é costume de alguns, mas exortando uns aos outros, conforme vedes que aquele dia vai se aproximando” (Hebreus 10:25). O amor, o companheirismo, e serviços do Cristão, podem ser encontrados nas relações sociais que são expressas nos cultos, atividades e obras da igreja. O crente contribuirá “conforme Deus o faz prosperar”, para dar sustento financeiro à obra do Senhor (I Coríntios 16:2; II Coríntios 9:6, 7). A Bíblia apresenta o dízimo (um décimo do rendimento) e oferendas básicas, como método sistemático para suporte da obra do Senhor (Gênesis 14:20; Hebreus 7:2-6; Gênesis 28:22; Mateus 23:23; Lucas 11:42; Malaquias 3:8-10.) O crente usará seus talentos voluntariamente à serviço do Senhor.(Romanos 12:3-8; Efésios 4:7, 11-16).

10. Andando por onde responde a oração. O crente que se coloca diante de Deus em Cristo e anda em amizade junto Dele, está “onde Deus responde a oração”. Jesus disse: “Se vós habitardes em mim, e minhas palavras habitarem em vós, vós pedireis, e será assim feito para convosco” (João 15:7). A oração é a resposta para toda questão e a solução para todo problema. A oração provê a resposta porque ela é a expressão devocional do contato do crente com a Pessoa que é a resposta. A resposta para os problemas não é somente O que, como também Quem. Soluções de problemas estão não em uma coisa, mas em uma Pessoa. A oração é a resposta, porque Cristo é a resposta. A oração do crente abre portas fechadas, remove barreiras, e derruba bloqueios porque permite Cristo realizar Suas obras gloriosas. A oração provê as respostas aos problemas da vida não simplesmente pelo fato de que a oração expresse uma vida, mas pela existência da relação fundamental entre o crente e Deus através de Cristo pela oração. Portanto, a oração eficaz, é resultado não do volume, quantidade de palavras, tempo, ou lugar da oração. Ela resulta do reconhecimento desta relação redentiva.

Os crentes que reconhecem suas relações redentivas com Deus através de Cristo, não centralizam a atenção sobre eles mesmos; eles a centralizam sobre Deus. Eles não tem os seus olhos em sua própria prece; eles mantém os olhos direcionados a quem estão orando. Eles não são egocêntricos; eles são centralizados em Deus. Na oração eles tem consciência em Deus, não em si. Alguns homens acham que orar é difícil e desapontador. Eles oram, mas recebem em resposta somente o eco de suas vozes. Embora tenham orações persistentes, questões permanecem sem resposta e os problemas permanecem sem solução. Eles estão em falha no reconhecimento da relação redentiva entre eles e Deus através de Cristo, que faz possível a eficácia da oração.

A oração do lado dos incrédulos é como tentar bombear água de um poço quase vazio fazendo uso de uma velha e enferrujada bomba. A oração do lado dos crentes instruídos que em constância mantém uma amizade viva e amável para com Deus através de Cristo, é como o fluir da água de uma montanha com uma fonte inesgotável, um poço artesiano, ou uma poderosa Cataratas do Iguaçu. Alguém poderia transmitir por um microfone da rádio, mas a menos que o engenheiro ligue a chave apropriada, ninguém poderá ouvir a sua voz. Um botânico do mar, poderia andar pelo leito do oceano usando seu equipamento de mergulho, mas não poderia respirar a menos que seus companheiros de superfície mantenham seu suprimento de oxigênio. Um bonde elétrico pode estar lotado de passageiros, o operador pode estar em seu controle, e o cobrador pode contar o seu dinheiro, mas eles não podem viajar sobre os trilhos, a menos que se conecte a eletricidade. De uma maneira similar, os crentes poderiam orar sem cessar, as igrejas podem ter dias de oração, e as congregações podem orar durante toda a noite em torno do relógio, mas as orações não alcançarão alturas maiores que o telhado da igreja, a menos que o contato esteja estabelecido com Deus através de Seu filho, Jesus Cristo.

O contato redentivo com Deus pode ser estabelecido somente através de Seu Filho, Jesus Cristo. Cristo é o único Salvador; o Cristianismo é o único caminho até Deus. Cristo é a única porta para o trono da graça de Deus, Ele é o único elo entre Deus e o homem. Se os homens ignorá-Lo, não há outro caminho pelo qual eles possam possuir uma relação satisfatória com Deus. A fé é o ato e atitude através da qual o homem estabelece contato com esta gloriosa pessoa. A oração eficaz resulta do funcionamento normal desta amável relação. A oração opera portanto, porque permite Cristo operar. A oração muda as coisas porque permite que Cristo mude as coisas. A oração muda as pessoas porque permite que Cristo entre em suas vidas e as transforme de acordo com Seu glorioso propósito. A oração resolve os problemas porque traz quem ora numa posição requerida mediante a qual Cristo pode trabalhar na vida de alguém.

Você está vivendo onde Deus pode responder a oração?

Você hoje habita Nele, de forma que você possa clamar no nome de Jesus por uma resposta quando ora?

Você está certo que nada pode impedir a sua abençoada comunhão lá; quando de joelhos diante do trono, fizeres conhecidos teus pedidos?

Você está vivendo onde Deus responde a oração?

Pense nisso e deixe Deus e Jesus Cristo abençoar, moldar e modificar os rumos da sua vida.

“Eis que estou à porta e bato; se alguém ouvir a minha voz, e abrir a porta, entrarei em sua casa, e com ele cearei, e ele comigo” Apocalipse 3:20

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

TRINDADE - I

TRINITARIANISMO
A mais predominante doutrina referentes à unidade de Deus é o trinitarianismo. Ao nosso ver, este erro ganhou força nas chamadas “igrejas protestantes” e acima de tudo, manteve seu lugar na teologia através do governo totalitário dos imperadores romanos e da Igreja Romana. Os reformadores Protestantes saíram desta igreja, mas trouxeram consigo algumas doutrinas pagãs. Juntamente com falsas doutrinas como imortalidade da alma, batismo infantil, aspersão, eles também reteram o falso ensino da trindade. A reforma foi boa até o ponto em que mais uma vez chamou a atenção do homem para a Palavra de Deus, e na restauração de doutrinas Bíblicas rejeitadas ao seu próprio lugar na igreja. Ar e forma, contudo, não foi longe o bastante. Muitos erros da Igreja Romana foram retidos. Outra reforma se faz necessária hoje, para livrar a Igreja de todos os erros pagãos e retornar às verdadeiras doutrinas da Bíblia.

DEFINIÇÃO DE TRINDADE
Trindade é a crença na existência de um Ser divino que subsiste em três pessoas, Pai, Filho e Espírito. O dicionário Webster define a palavra: “A união de três pessoas ou hipóstases (o Pai, o Filho, e o Espírito Santo) numa Divindade, de modo que todos os três são um Deus, com relação à substância, mas três pessoas ou hipóstases com relação à individualidade’’. (Webster’s Collegiate Dictionary, (F) 5ª edição). Trinitarianos não crêem que as três pessoas são uma pessoa ou que as três pessoas são três Deuses. Eles crêem em três pessoas que constituem um Deus.

TRÊS PROPOSTAS ENVOLVIDAS
Existem três propostas primárias envolvidas na doutrina da Trindade.
Estes três pontos são: (1) A unidade composta de Deus. (2) A divindade do Pai, do Filho e do Espírito. (3) A personalidade do Pai, do Filho e do Espírito. O fracasso na prova de qualquer uma destas três propostas resultará no colapso desta teoria. Para refutar a trindade, entretanto, necessita-se estabelecer apenas um dos seguintes três fatos: (1) A unidade simples de Deus. (2) Jesus não é Deus. (3) O Espírito não é uma pessoa.

1 - A Unidade Composta de Deus: Os trinitarianos afirmam acreditar na unidade de Deus. Caso eles não afirmassem acreditar que Deus é único, sua doutrina seria revelada como não passando de politeísmo.
Os trinitarianos, entretanto, não crêem na unidade de Deus como ensinada na Bíblia. Eles rejeitam a verdade bíblica de que existe apenas uma pessoa que é Deus. Negam a simples unidade de Deus, insistindo que a unidade de Deus é composta. Advogam que existe uma única substância, uma inteligência e um propósito na Divindade, mas que três pessoas eternamente co-existem daquela essência única e exercitam aquela única inteligência e único propósito. Dizem eles que a unidade de Deus refere-se à sua substância, essência ou ser.

2 - A Divindade do Pai, do Filho e do Espírito: O segundo ponto que os trinitarianos buscam estabelecer é que o Pai é Deus, o Filho é Deus e o Espírito é Deus. Tentam mostrar que cada um é mencionado como sendo Deus e que cada um possui atributos e obras de Divindade.
Também afirmam que os três são iguais em todas as formas, a única diferença é que eles são distinguidos por certas propriedades individuais, a saber, o Filho é gerado pelo Pai, e o Espírito procede do Pai e do Filho.

3 - A personalidade do Pai, do Filho e do Espírito: Como o terceiro ponto, os trinitarianos procuram provar que o Pai é uma pessoa, que o Filho é uma pessoa, e que o Espírito também o é. Cada um tem uma personalidade distinta dos outros dois.

Entretanto, cada pessoa é admitida como possuindo toda a essência divina e todos os divinos atributos. Cada pessoa da trindade é admitida como completamente Deus dentro de Si mesma. As três pessoas juntas, compartilham em comum a essência única, todos os atributos, uma substância, uma inteligência e um propósito.

ORIGEM HISTÓRICA DESSA DOUTRINA
1 - Não mencionada na Bíblia - O trinitarianismo não é uma doutrina Bíblica. Esta teoria não é mencionada tampouco ensinada na Bíblia. As palavras “trindade” e “triúno” jamais foram usadas pelos escritores da Palavra de Deus. A doutrina da trindade era desconhecida pelos Israelitas do Velho Testamento e pelos Cristãos do Novo Testamento. Esta teoria não foi formulada até muitos anos após a morte do último apóstolo. Não há autoridade bíblica para a trindade; o que ocorre é que os Teólogos lêem nas entrelinhas das Escrituras na busca pela trindade, torcendo os textos Escriturísticos tentando o apoio à sua teoria, mas ainda a verdade de que a doutrina da trindade não é ensinada pela Bíblia, permanece. Graham Greene, um Inglês convertido ao Catolicismo, escreveu um artigo para a revista “Life” em apoio ao dogma na Igreja Católica concernente à ascensão de Maria aos céus. Neste artigo, ele admitiu não haver autoridade bíblica para a trindade:
Nossos oponentes às vezes afirmam que nenhuma doutrina deve ser sustentada dogmaticamente que não esteja explicitamente exposta na Escritura (ignorando que é somente pela autoridade da Igreja que reconhecemos certos Evangelhos e não outros como verdadeiros). Mas as Igrejas Protestantes, elas mesmas, aceitam tais dogmas como a trindade, para a qual, não há uma precisa autorização nos Evangelhos.”(Graham Greene” The Catholic Church’s New Dogma: The Assumption of Mary, “Life, 30/10/50, pg.51).
A doutrina da trindade além de não ser bíblica é também antibíblica. Não somente é verdade que a Bíblia não apóia tal teoria como também o ensino da palavra de Deus é diretamente oposto a ela. A Bíblia claramente afirma a verdade da não-composta unidade de Deus, que é o Pai. Ela afirma que Jesus é o Filho de Deus, não o próprio Deus; também nos revela que o Espírito é o poder impessoal de Deus.

2 - Origem pagã - A doutrina da trindade é de origem pagã. A trindade, assim como a falsa doutrina da imortalidade da alma, se insinuou para dentro da teologia da Igreja gradativamente durante os primeiros séculos da era da Igreja. Pagãos que aparentemente não estavam, completamente convertidos tornaram-se membros da Igreja visível. Como esses homens assumiram lugares de liderança como professores e teólogos, a teologia da Igreja gradualmente paganizou-se. Os ensinamentos da Bíblia foram reinterpretados e ajustados para se adaptarem aos ensinamentos da filosofia pagã. Tríades de divindades prevaleciam na mitologia pagã. Embora muitos deuses fossem adorados em nações politeístas, geralmente havia três divindades que eram consideradas mais importantes. O hinduísmo cria em uma essência Brâhmane expressa em três personalidades: Brahma, o Criador; Vishnu, o preservador, e Shiva, o destruidor. O Zoroastrismo Persa cria em Ahura Mazda, a divindade boa, Angra Manya, a divindade má, que eram expressões de Mitra, a primeira grande causa. Confúcio, segundo é relatado, escreveu: “Tao (Deus) é por natureza único; o primeiro gerou o segundo; ambos em conjunto deram origem ao terceiro; estes três criaram todas as coisas”. Osíris, Ísis e Neftís parecem haver formado uma tríade de divindades no Egito. Na Babilônia, havia Ea, o deus dos resíduos aquosos, Enlil, o senhor das tempestades, e Anu, o senhor dos céus. Na Grécia, as três divindades entre as muitas sobre o Monte Olimpo eram Zeus, Hera e Atena. A tríade de divindades que os romanos adoravam sobre o monte do Capitólio era constituída de Júpiter, Juno e Minerva. As divindades mais importantes dos Germanos eram Odin, Tró e Freyr. Platão personificou três eternos princípios: Bondade, Intelecto e a Alma de tudo. A filosofia pagã de Platão que permeava o pensamento grego e romano, foi o fator principal que possibilitou a entrada de tais falsas doutrinas como a imortalidade da alma e a trindade na religião Cristã. Embora a trindade do paganismo e a trindade do pseudocristianismo não eram idênticos em todos os precisos detalhes de definição, está aparente que uma originou-se da outra.

3- Primeiro uso da palavra: o primeiro uso da palavra “trindade”
Em sua forma grega ‘trias’ foi de autoria de Teófilo, que se tornou bispo de Antioquia da Síria, no oitavo ano do reinado de Marco Aurélio (168 a.C.). Ele usou a palavra no segundo dos três livros que escreveu endereçados ao seu amigo Autólico. Comentando o quarto dia da criação no Gênesis, ele escreveu: ”Da mesma maneira também os três dias que foram antes dos luminares, são tipos da trindade, de Deus, de sua palavra, e Sua sabedoria”.(Teófilo, “Para Autólico”, The Ante-Nicene Fathers). Tertuliano (160-220 a.D.) foi o primeiro a usar a palavra latina “trinitas”. Educado em Roma e presbítero em Cártago, Tertuliano lançou as bases da Teologia Latina, a qual mais tarde foi apoiada por Cipriano e Agostinho. Embora tenha denunciado Platão como filósofo herege, Tertuliano expressou sua teologia nos termos da filosofia de Platão. Ele estava entre os primeiros a ensinar a imortalidade da alma e a tortura eterna dos ímpios. A trindade e a imortalidade da alma foram desenvolvidas e formuladas dentro de um sistema de teologia por Agostinho. Os escritos de Agostinho tornaram-se a teologia básica da Igreja Católica Romana. Tertuliano menciona a trindade em seu livro escrito contra Praxeas que apoiava a teoria monarquiana. Ele escreveu: “O mistério da dispensação ainda está guardada, que distribui a Unidade numa trindade, colocando em sua ordem as Três Pessoas - o Pai, o Filho e o Espírito Santo”.(Tertuliano. “Contra Praxeas”, - The Anti-Nicene Fathers).

CONTROVÉRSIA ARIO-ATANASIANA
Atenção específica foi centralizada sobre a doutrina da trindade no início do quarto século como resultado de uma controvérsia entre dois líderes da Igreja em Alexandria, Ario (256-336) e Atanásio (293-373). Ario mantinha que Jesus, embora grande, era em algumas formas inferior a Deus. Atanásio, pelo contrário, afirmava que Cristo era igual a Deus em todos os modos.
Em 318 a.D., a controvérsia veio à tona. Ario afirmou que se Jesus era realmente Filho de Deus, então deveria ter havido um tempo em que havia um Pai, mas nenhum Filho. O Pai, portanto, era maior do que o Filho. Num Concílio da Igreja local celebrado em 321 a.D., Ario e seus colaboradores foram excomungados da Igreja por causa de sua opinião. Ario, entretanto, tinha muitos amigos e seguidores em todas as Igrejas da Cristandade. A falsa teoria da trindade não alcançou rapidamente uma posição dominante na Igreja. Pelo mesmo tempo em que a controvérsia entre Ario e Atanásio estava assolando as Igrejas, o imperador Constantino tornara-se o maior partidário do Cristianismo.
O imperador considerava a Igreja como uma grande força unificadora e estava ansioso para que o Cristianismo se tornasse à religião universal do Império Romano. Ele queria evitar todas as lutas internas da Igreja, arrazoando que deveria haver uma Igreja unida a fim de existir um império unificado.
Buscando restaurar a unidade às Igrejas, Constantino convocou uma reunião de um Concílio geral da Igreja a ser celebrado na cidade de Nicéia, em 325 a.D. Bispos e o clero de todas as Igrejas foram convidados para assistirem ao Concílio com todas as despesas pagas pelo imperador. O Concílio de Nicéia, entretanto, foi um Concílio de Igrejas na seção oriental do império. Enquanto é dito que compareceram ao Concílio 318 bispos além de oficiais eclesiásticos menores, não haviam sequer dez bispos do oeste presentes ao Concílio. O Concílio não era verdadeiramente representativo da Igreja inteira.
Eusébio, conhecido como o Pai da história da Igreja, no início do Concílio ofereceu um credo de acordo que usava a linguagem da Escritura em vez dos termos filosóficos usados por Atanásio. Os seguidores de Atanásio perceberam que um voto para Eusébio era realmente um voto para Ario, porque a Bíblia não confirma nada a respeito da doutrina da trindade. O compromisso de Eusébio, entretanto, foi rejeitado. O imperador Constantino, embora ignorante com relação aos fatos teológicos que estavam então em discussão, mas ansioso por alcançar unidade, apoiou Atanásio. A maioria dos bispos presentes assinaram então finalmente o credo formulado pelo grupo Atanasiano. Aqueles que não assinaram, incluindo Ario, Eusébio de Nicomédia e Teognis de Nicéia, foram banidos e seus livros queimados publicamente. Isto, entretanto, não foi o fim. O debate prosseguiu por quarenta e seis anos. Ario e seus colaboradores foram chamados de volta do exílio dentro de três a cinco anos após o Concílio de Nicéia. Atanásio foi deposto por um grande Concílio em Tiro em 335 a.D., sendo deportado para Gaul. Ario morreu em 336. Durante os anos que se sucederam, os seguidores de Ario e Atanásio alternadamente foram banidos e chamados de volta, já que vários imperadores que governavam o império favoreciam ou uma ou outra teoria. O trinitarianismo não se tornou a dominante e “ortodoxa” doutrina da cristandade até que Teodósio tornou-se imperador (379). Teodósio foi o imperador que fez do cristianismo a religião estatal. A união da Igreja e estado pavimentaram o caminho para a ascensão da Igreja Católica Romana.
Teodósio convocou um Concílio em Constantinopla, que se reuniu em 381 a.D. Foi assistido por cerca de cento e cinquenta bispos do oriente. No credo adotado, o trinitarianismo foi feito doutrina oficial da Igreja nas fronteiras do império. Todos os que discordaram foram expulsos de seus púlpitos e excomungados de suas Igrejas. Era o regime totalitário dos imperadores romanos e mais tarde da Igreja Católica Romana que possibilitaram a doutrina da trindade manter seu lugar numa teologia pervertida.
Crentes fiéis, mesmo fora da Igreja Católica Romana, continuaram a crer no ensino bíblico concernente a simples unidade de Deus. A região norte da Europa, convertida pelo grande missionário Ulfilas (Morreu em 381), abraçou a doutrina do Cristianismo Ariano que ensinava. Isto foi muitos séculos antes dos Ostrogodos, Visigodos, Burgúndios, Vândalos, Lombardos, e outros povos do norte Europeu terem finalmente se entregado à crença na Trindade, tornando-se eventualmente parte da Igreja Católica Romana. A história da Igreja e a história da doutrina revelam muitos crentes fiéis através de todos os vinte séculos da era Cristã que tem repudiado a teoria da trindade e insistido no ensino bíblico concernente à unidade de Deus.

TRINITARIANISMO NOS CREDOS
Durante os anos seguintes à morte dos apóstolos, muitas pessoas diziam ser cristãs, mas não aceitavam os ensinos apostólicos. A fim de se determinar os verdadeiros crentes, cada Igreja local, listava certas doutrinas que os conversos cristãos deveriam crer. Estas listas de doutrinas e confissões de fé foram chamados de “credos” de ‘credo’ (Eu creio). Haviam tantos credos, quanto haviam Igrejas, muito possivelmente. O credo dos Apóstolos (Didakê), escrito muitos anos após a morte dos apóstolos e assim chamado, pois pretendia incorporar os ensinamentos apostólicos, foi formulado de vários credos de várias Igrejas locais. Foi escrito para que todas as Igrejas locais pudessem ter uma confissão de fé comum.
O credo dos apóstolos (gr. Didakê” - ensino) não inclui a doutrina da trindade. Embora sejam mencionados sentenças referentes a Deus, Jesus, e o poder de Deus, o Espírito, a doutrina da trindade não é nem mencionada e tão pouco ensinada.

1 - O Credo de Nicéia - Este é o primeiro Concílio a ensinar a trindade. O credo de Nicéia foi originalmente formulado pelo Concílio de Nicéia em 325 a.D. como segue:
”Acreditamos em Deus, o Pai, todo Poderoso, Criador de todas as coisas, visíveis e invisíveis, e no Senhor Jesus Cristo, o Filho de Deus, unigênito do Pai, o único, isto é, da essência do Pai, Deus de Deus, Luz da Luz, Deus perfeito do Deus perfeito, gerado, não criado, sendo de uma substância com o Pai; por meio do qual, todas as coisas foram feitas, tanto na Terra como no céu; que por nós homens, e por nossa salvação, desceu e se fez carne, e foi feito homem; Ele padeceu, e no terceiro dia, levantou-se novamente, e ascendeu aos céus, de onde há de vir a julgar os vivos e os mortos; e no Espírito Santo. Mas aqueles que dizem:”Houve um tempo em que Ele não era”, e “Ele não era até que foi gerado” e, “Ele foi feito do nada”, ou “Ele é de outra substância” ou “essência”, ou “O Filho de Deus é criado”, ou “mutável” ou “alterável” - estes são condenados pela santa Igreja Católica Apostólica.” (Hodge, A.A.Opcit.,pp.115-116)

2 - O Credo Niceno-constantinopolitano - O credo de Nicéia como foi formulado originalmente não é o credo que por esse nome é repetido nas Igrejas hoje. O credo original foi emendado no Concílio de Constantinopla, 381 a.D., e no Concílio de Toledo, Espanha, 589 a.D. O anátema do credo original foi omitido e a porção referente ao Espírito Santo foi aumentada. A Igreja Grega rejeitou este credo porque o mesmo ensinava que o Espírito procedia tanto do Pai como do Filho. A presente forma do Credo Niceno é a seguinte:
”Creio em Deus, o Pai, Todo-Poderoso, criador do céu e da terra, e de todas as coisas, visíveis e invisíveis; e num Senhor, Jesus Cristo, o filho unigênito de Deus, gerado de Seu Pai antes de todos os mundos; Deus de Deus, luz da luz, Deus perfeito de Deus, gerado, mas não criado, sendo de uma única essência com o Pai, por intermédio de quem todas as coisas foram feitas; que por nós homens e por nossa salvação desceu dos céus, e fez-se carne pelo Espírito Santo, da Virgem Maria, e foi feito homem; foi crucificado também por nós, sob Pôncio Pilatos; padeceu e foi sepultado; e ao terceiro dia, levantou-se novamente de acordo com as Escrituras; e ascendeu aos céus, e está assentado à direita de Deus Pai. E virá novamente em glória para julgar aos vivos e aos mortos; cujo reino não terá fim. E creio no Espírito Santo, Senhor e Doador da vida, que procede do Pai e do Filho, o qual juntamente com o Pai e o Filho é louvado e glorificado, que falou pelos profetas. E creio na Igreja Católica e Apostólica, reconheço um batismo para remissão dos pecados; e aguardo a ressurreição dos mortos, e a vida do mundo porvir.”

3 - O Credo Atanasiano - Este credo, que é considerado pelos trinitarianos como sendo a mais profunda exposição daquela doutrina que existe atualmente, é assim denominado em honra de Atanásio. Entretanto, Atanásio não escreveu este credo, pois foi escrito muitos séculos após sua morte. Primeiramente, este credo apareceu em Gaul, na escola de Agostinho por volta do sexto ou sétimo século. Enquanto lendo este credo, note as contradições berrantes que o mesmo contém:
1. Quem quer que seja salvo, antes de toda as coisas é necessário que retenha a fé católica.
2. A qual, a menos que seja mantida íntegra e imaculada por todos, será a razão sem dúvida alguma, pela qual estará perdido para todo o sempre.
3. Mas, esta é a fé católica: Que adoremos um Deus em trindade, e trindade em unidade.
4. Nem confundindo as Pessoas, nem dividindo as substâncias.
5. Pois, há uma pessoa do Pai, outra do Filho e outra do Espírito Santo.
6. Mas, a divindade do Pai, e do Filho e do Espírito Santo é uma só: a glória igual, a majestade co-eterna.
7. Tal como o Pai é, também são o Filho e o Espírito Santo.
8. O Pai não foi criado, tão pouco o Filho e o Espírito Santo.
9. O Pai é imensurável, o Filho é imensurável, o Espírito Santo é imensurável, como o Filho e o Espírito Santo.
10. O Pai é eterno, assim como o Filho e o Espírito Santo.
11. E, entretanto não existem três eternos, mas um eterno.
12. E também não existem três que não foram criados, nem três imensuráveis, mas um que não foi criado e um imensurável.
13. Assim, da mesma forma, o Pai é Todo-Poderoso, o Filho é Todo-Poderoso, e o Espírito Santo Todo-Poderoso.
14. E, entretanto, não existem três Todo-Poderosos, mas um Todo-Poderoso.
15. Assim, o Pai é Deus, o Filho é Deus e o Espírito Santo é Deus.
16. Entretanto não existem três deuses, mas um Deus.
17. Assim, o Pai é Senhor, o Filho é Senhor e o Espírito Santo é Senhor.
18. E ainda assim não existem três Senhores, mas um Senhor.
19. Pois assim como somos compelidos pela verdade cristã reconhecer todas as Pessoas por Si como sendo Senhor e Deus.
20. Também somos proibidos pela religião católica de dizer que há três deuses ou três Senhores.
21. O Pai não foi originado de nada, nem criado, nem gerado.
22. O Filho é do Pai apenas não feito, não criado, mas, gerado.
23. O Espírito Santo é do Pai e do Filho, não feito, não criado, nem gerado, mas, procedente.
24. Portanto, há um Pai, não três Pais, um Filho, não três Filhos, um Espírito Santo, não três Espíritos Santos.
25. E nesta trindade, nenhum é antes ou depois de outro, nenhum é maior ou menor do que o outro.
26. Mas, todas as três Pessoas são co-eternas, juntas e co-iguais.
27. De modo que em todas as coisas, como dissemos antes, a Unidade na Trindade, e a Trindade na Unidade deve ser adorada.
28. Aquele que, portanto será salvo, deve refletir sobre a Trindade.
29. Além disso, é necessário para a salvação eterna, que creiamos também de maneira correta na encarnação de Nosso Senhor Jesus Cristo.
30. Então a fé correta é, que creiamos e confessamos que Nosso Senhor Jesus Cristo, o Filho de Deus, é Deus e homem.
31. Deus da essência do Pai, gerado antes dos mundos; e Homem, segundo a essência de Sua mãe, nascido no mundo.
32. Deus perfeito; Homem perfeito, de alma racional e carne humana subsistente.
33. Igual ao Pai, no tocante à Sua natureza Divina, inferior ao Pai no tocante à Sua natureza humana.
34. E embora Ele seja Deus e Homem, ainda assim não são dois, mas um Cristo.
35. Um não pela conversão da Divindade em carne, mas pela ascensão da Humanidade para Deus (para o interior).
36. Um todos juntos não pela confusão da essência, mas pela unidade pessoal.
37. Pois assim como a alma racional e a carne racional é um homem, também Deus e Homem é um Cristo.
38. Que padeceu pela nossa salvação, desceu ao Hades, levantou-se dos mortos ao terceiro dia.
39. Ascendeu aos céus; está assentado à mão direita de Deus, o Pai Todo-Poderoso.
40. Donde há de vir a julgar os vivos e os mortos.
41. Em cuja vinda, todos os homens devem levantar-se novamente com seus corpos.
42. E darão contas por suas próprias obras.
43. E aqueles que tiverem praticado o bem entrarão na vida eterna, mas, os que houverem operado o mal, para o fogo eterno. 44. Esta é a fé católica, a qual caso um homem não creia verdadeiramente e firmemente, não pode ser salvo.(Curtis,W.A.”A History of Creeds and Confessions of Faith”; Schaff, Philip. “Creeds of Christendom.”)
- continua -